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Primeiro não flutuava. Agora o novo submarino espanhol não cabe nas docas

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Primeiro não flutuava, por excesso de peso, e agora, não cabe nas docas. O novo submarino da Marinha Espanhola é um embaraço para a Defesa do país vizinho e um caso flagrante de derrapagem, com os custos finais a duplicarem relativamente ao previsto.

O novo submarino S-80Plus que vai apetrechar a Defesa Espanhola não cabe nas docas da Base Naval de Cartagena, em Murcia, onde deverá ficar atracado. Um dado avançado pelo jornal El País que lembra os contornos “rocambolescos” que envolvem esta nave.

Em 2013, verificou-se a existência de um “desvio de 125 toneladas no peso, o que comprometia a flutuabilidade do submarino”, ou seja, não havia a garantia de que pudesse flutuar.

Foi então preciso aumentar o seu comprimento em 10 metros. E, dadas essas novas dimensões, o submarino não cabe nas docas onde deverá ficar atracado.

O Ministério da Defesa espanhol está, assim, obrigado a dragar e a ampliar as docas da Base Naval de Cartagena que vão acolher quatro submarinos S-80Plus. Estas obras de ampliação e de adaptação devem custar 16 milhões de euros, frisa o El País.

Por outro lado, o Governo espanhol vai ser também obrigado a aprovar um esticão ao orçamento inicial para a compra dos quatro submarinos, que era de 2.132 milhões de euros. O custo global final deverá chegar aos 3.907 milhões de euros, contando as modificações necessárias, salienta o referido jornal.

Cada submarino deverá, assim, custar cerca de 1.000 milhões de euros. O valor de mercado deste tipo de naves oscila entre os 400 e os 600 milhões de euros.

ZAP //

23 Comments

  1. Muito profissionais!!
    O Portas deveria ter ido a Espanha “tirar o curso”… foi-se meter com os mafiosos alemães que levaram boa parte do “lucro”… ao menos os fizerem tudo sozinhos (e que belo “trabalho”)!!

  2. O Portas em todo o caso comprou material que funciona, agora aqueles que compraram os Kamov para estarem inoperacionais e na ferralha é que é mais condenável.

    • Funcionam depois de reparados!!
      O Kamov também funcionavam até o governo do Passos (pelas mãos do “honroso vigarita” Miguel Macedo) ter acabado com a EMA e os ter entregue a uma empresa mafiosa/falida que os deixou no estado que se conhece!…

  3. Funciona mas não funcionava quando chegou!
    No caso dos nossos Trident, era o contrário, não podiam submergir por defeito nas placas do casco que não suportavam a pressão (um submarino que não submarina! ).
    Todos aprenderam na mesma escola, no que toca a dinheiros públicos, comprar caro e com defeitos para deixar margem a despesas extra.
    Enquanto o Zé pagar, há que aproveitar!

  4. “Uma mão lava a outra”: aquilo não foi derrapagem; foi um autêntico despiste! Contudo, sempre deve ter dado para abrir algumas “janelas de oportunidade” para alguns quantos dos nuestros hermanos…

  5. ha uma coisa que nao percebo
    diz a noticia: “Primeiro não flutuava, por excesso de peso, …”
    se tinha excesso de peso, vao aumenta-lo de tamanho? assim nao fica com mais peso?
    acho que aprenderam a fazer contas do o Guterres e a meter dinheiro ao bolso com o portas, rssss

    • Sim para flutuar foi preciso aumentar tamanho e para o meu amigo perceber o porquê terá que estudar algo que já foi estudado por Arquimedes há muitas centenas de anos.

    • Ai valha-me Deus… onde é que tu andaste na escola!??
      O Arquimedes, um gajo grego que fazia de tudo um pouco, mandou há já alguns anitos umas bocas relativamente ao que acontece às coisas na água. O gajo disse que todo o corpo mergulhado num fluido (líquido ou gás) em repouso, fica sujeito a uma força vertical de baixo para cima, cuja intensidade é igual ao valor do peso do fluido deslocado pelo corpo. Isto depende não apenas do dito tamanho mas também da forma, que necessariamente oferecer maior ou menor resistência. Olhando para o submarino se este estiver na horizontal sofrerá uma força muito superior do que se estivesse na vertical, porque implica na posição horizontal uma maior deslocação da água, uma maior resistência. No caso dos manolos, claramente o charuto que eles fizeram tinha muito peso para o tamanho o que o aproximaria mais de um submarino na vertical do que na horizontal, isto é, muito peso para uma área pequena, logo pouco fluido deslocado… afunda.
      Se assim não fosse imagine um porta-aviões… afundavam todos.

    • Aumentam o tamanho e consequentemente a flutuabilidade do “bicho”, ainda que aumente alguma coisa o peso. MAs este aumento não é proporcional aos 10m incrementados, pois estes 10m não terão a quota parte de equipamentos e sistemas já presentes no corpo original. O que se passava era estar demasiada massa contida em pouco casco flutuável. Do que li, apenas, e fazendo as minhas deduções. Desta forma distribuem o peso original e o imcremento por uma área substancialmente superior. E supostamente já deverá funcionar.

  6. Este submarino deve ser primo do tal barco feito nos estaleiros de Viana do Castelo que teimava em navegar devagarinho e nesta altura talvez ainda esteja a custar uma renda elevada ao Estado português porque o cliente (Açores) se recusaram a ficar com a encomenda.

  7. É cada engenheiro. as coisas flutuam quando têm menos densidade (g/cm3) que o líquido onde as queremos colocar. Neste caso aumentou-se o tamanho para que existisse mais ar no interior e baixasse a densidade do objeto (menor massa por unidade de volume).

  8. Aquilo que aprendi na 4ª classe foi…(sempre que o peso da água deslocada for superior ao peso do objecto ele flutua). Simples e prático de entender. Agora as respostas são mais sofisticadas e mais corretas e talvez por isso menos compreensíveis pelos não engenheiros de hoje, já que para alguns deles “massa” é o que se come e “volume” é o botão do rádio do carro.

  9. Antes de mais obrigado pela notícia. Não quero ofender, mas penso que no lugar de “nave” deviam de colocar “embarcação”. Não é que nave esteja errado, mas em português (penso que) não é comum ser utilizado neste sentido.

    • Caro Rui,
      Obrigado pelo reparo.
      Podemos usar várias palavras em vez de “nave”, termo que a exploração espacial e a ficção científica afastaram da sua origem, afundando-a em desuso no contexto marítimo. Mas é uma palavra antiga, bem portuguesa, pela qual nutrimos algum carinho. Perdoe-nos o revivalismo.

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