Todos os seis sabores de quark existiam no início dos tempos? Estamos cada vez mais perto de saber ao certo, e de termos mais conhecimento sobre os primórdios do Universo.
Cientistas detetaram pela primeira vez um par de quarks superiores nos detritos resultantes da colisão de dois átomos de chumbo. Este momento marca a primeira vez que se avista este par específico quark-antiquark numa colisão entre dois núcleos, explica a Science Alert.
Acredita-se que o plasma de quark-glúons tenha enchido o Universo após o Big Bang. Esta descoberta vem dar-nos mais força a uma convicção: a de que todos os seis sabores de quark existiam no início dos tempos, nesse plasma.
Para estudar o plasma de quark-glúons, os físicos utilizam colisores de partículas como o Grande Colisor de Hádrons, do CERN. O estudo foi publicado na Physical Review Letters.
Este plasma é a “mistela” que se obtém quando os quarks e gluões elementares, normalmente ligados aos protões e neutrões, são libertados dos seus confins e se misturam. Este “milkshake” é interativo e está sob condições extremamente energéticas.
O plasma de quark-gluões gerado nas colisões de iões pesados dura 10-23 segundos. Desta forma, os quarks de topo desaparecem antes do plasma como um todo, o que os torna particularmente difíceis de estudar.
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Neste processo, os quarks superiores decaem num quark inferior e num bosão W; o bosão W decaia depois num neutrino e num eletrão ou num muão. A significância estatística dete processo foi de 5,03 sigma.
É a primeira vez que se observa a produção de um par de quarks superiores numa colisão entre núcleos pesados, relembra a Science Alert, e os autores do estudo excplivcam que “a observação deste processo consolida a evidência da presença de todos os sabores de quarks na fase de pré-equilíbrio do plasma de quark-gluões, semelhante às condições do Universo primitivo”.
Os investigadores acreditam que “este resultado abre caminho a novos estudos sobre o plasma de quark-gluões e a física do Universo primitivo com quarks superiores”.
