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Cientistas descobrem novo perigo associado ao consumo excessivo de álcool

O consumo excessivo de álcool pode desencadear uma mudança genética de longa duração que resulta numa maior dependência, concluiu uma nova investigação levada a cabo pela American Rutgers University, nos Estados Unidos.

“Descobrimos que as pessoas que bebem muito podem estar a mudar o seu DNA de uma forma que as faz querer consumir mais álcool”, disse o professor Dipak K. Sarkar, autor principal do estudo e diretor do Programa Endócrino do Departamento de Ciências Animais do Universidade Rutger, em Nova Jérsia.

A investigação, publicada esta semana na revista Alcoholism: Clinical & Experimental Research, nota que a alteração genética pode levar a um círculo vicioso, fazendo com que os consumidores tenham vontade de beber mais.

“[A investigação] pode ajudar a explicar porque é que o alcoolismo é um vício tão poderoso e pode contribuir para o aparecimentos de novas formas de tratamento ou para ajudar a evitar que as pessoas em risco se tornem dependentes”, sustenta.

Os cientistas acreditam que esta descoberta pode, no futuro, ajudar na identificação de biomarcadores – indicadores mensuráveis, como proteínas ou genes modificados – que podem, por sua vez, serem usados para prever eventuais riscos de dependência.

Estudos anteriores sugeriam já influências genéticas, dando conta de uma possível influência entre os cérebros e a forma como estes respondem às qualidades do álcool, tal como nota o portal Science Alert. Na verdade, são já várias as investigações que procuram um vínculo genéticos com a dependência em álcool.

Um outro estudo, publicado no fim de outubro na revista Hepatology, relacionava a dependência do álcool com as condições climáticas, defendendo que quanto mais frio é o clima e menos sol há, mais as pessoas tendem a consumir bebidas com álcool.

A dependência em álcool continua a ser um dos grandes temas em estudo pela comunidade científica. Em Portugal, o consumo tem aumentado, ultrapassando já o valor per capita consumido pelos russos.

ZAP //

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