33 presos morreram na madrugada desta sexta-feira, durante um motim na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, no estado brasileiro de Roraima, anunciou a Secretaria de Justiça e Cidadania de Roraima, sem avançar detalhes.
“Nesta madrugada foram registadas 33 mortes na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo. A situação está sob controle o Batalhão de Operações Especiais (Bope) e a polícia militar estão nas alas do referido presídio”, refere um comunicado da secretaria estadual.
Não foi o primeiro conflito registado no local. Em outubro de 2016 uma rebelião entre membros de fações rivais deixou dez mortos nesta cadeia brasileira.
No domingo um motim prisional no estado do Amazonas provocou 56 mortos. Também se registaram motins em outras cadeias da região de Manaus.
As mortes ocorreram depois de um confronto entre a fação criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), com sede em São Paulo, e a Família do Norte (FDN), que domina prisões do Estado do Amazonas.
Na altura, a polícia brasileira confirmou que 30 pessoas tinham sido decapitadas. Alguns corpos também foram encontrados queimados e mutilados.
Dezenas de presos fugiram do Instituto Penal Antonio Trindade (Ipat) e muitos ainda são procurados pela polícia.
Os motins em prisões instalaram uma crise no sistema penitenciário brasileiro e o Governo federal teme que membros das três maiores organizações criminosas do Brasil, o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, Comando Vermelho (CV), que controla o crime organizado no Rio de Janeiro, e a Família do Norte (FND), com atuação no norte e nordeste, iniciem uma série de motins em outras unidades prisionais brasileiras.
ZAP // Lusa