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Novo ministro estranha acordo do PS com “trotskistas” e “marxistas-leninistas”

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Tiago Petinga / Lusa

O novo ministro dos Assuntos Parlamentares, Carlos Costa Neves

O novo ministro dos Assuntos Parlamentares, Carlos Costa Neves

O novo ministro dos Assuntos Parlamentares estranhou esta terça-feira um eventual acordo de alternativa governativa entre o PS e “uma esquerda radical, que se afirma trotskista e marxista-leninista”, acrescentando que esse executivo, a ser formado, não terá legitimidade.

Carlos Costa Neves, que protagonizou uma ronda pelas diversas bancadas parlamentares em São Bento, reiterou que a coligação PSD/CDS-PP mantém a abertura para entendimentos com os socialistas em diversas matérias, as denominadas “pontes”.

O ministro esclareceu no entanto que “não estão abertas negociações formais, nem formadas delegações”, embora tenha aproveitado para “reafirmar” que sociais-democratas e democratas-cristãos estão “prontos a conversar”.

Acho estranha a negociação, a expectativa de que algum acordo seja possível, acho estranho que as coisas continuem. Para mim, o Governo está legitimado de várias formas – pelo voto popular, pela decisão do Presidente da República – e isto não são brincadeiras”, disse o ministro”.

“Na sexta-feira, cerca de 50 membros tomaram posse, são o Governo de Portugal e eu tenho muita dificuldade em perceber como é que pode haver um entendimento entre o PS e uma esquerda radical”, acrescentou.

Segundo Costa Neves, aquela “esquerda radical” afirma-se “trotskista” e “marxista-leninista”, bem como “contra o euro, o Tratado Orçamental”, além de se equiparar “à Grécia, o único país dos 28 que tem dentro de si, no Governo, partidos contra o Tratado Orçamental e o euro”.

“Qualquer outro Governo, que não este, não tem legitimidade“, defendeu Costa Neves.

“Um Governo que mistura dentro de si forças antieuropeias, anti-NATO, anti-atlantistas, que fizeram manifestações contra a NATO, que votaram contra opções importantes ao nível do euro, não vai ao encontro daquilo que são os compromissos de Portugal e o voto dos portugueses, maioritariamente em forças políticas comprometidas com o projecto europeu e o euro”, concluiu o ministro.

/Lusa

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