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Novo leilão solar bate recorde mundial. Vai gerar ganhos de 559 milhões de euros

Mário Cruz / Lusa

O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes

O leilão de potência solar bateu um recorde mundial, anunciou o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes. Vão ser gerados ganhos de 559 milhões de euros para o sistema elétrico.

O segundo leilão de potência solar realizou-se esta segunda e terça-feira e revelou-se “um sucesso ainda maior” do que o primeiro, anunciou o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes. Segundo o Jornal de Negócios, vai gerar ganhos de 559 milhões de euros para o sistema elétrico nos próximos 15 anos.

O valor corresponde a um ganho de cerca de 833 mil euros por cada MW adjudicado, um acréscimo de cerca de 80%.

Este constitui um novo recorde mundial, já que foi possível adjudicar uma potência de 670 megawatts (MW), por um preço médio de 11,14 euros por MWh. Este é um preço inferior aos 14,76 euros por MWh do ano passado.

“Batemos um novo recorde do mundo, que foi conseguido com um leilão transparente, usando mecanismos de mercado, e com uma concorrência muito superior à oferta disponível. Havia 35 concorrentes, o que correspondia a dez vezes mais procura do que oferta, e foram muito mais longe nas licitações”, salientou João Matos Fernandes.

“É tolice pagar eletricidade produzida a partir de fontes renováveis a preço de mercado e sem contrapartidas” para o sistema, disse ainda o governante. “Se fosse essa a política, quem perderia seriam os consumidores”.

A maioria dos 12 lotes a concurso foi adjudicada a projetos com capacidade de armazenamento, em que o produtor vai pagar uma contribuição ao sistema, para produzir e armazenar energia, escreve o Público.

“A modalidade de armazenamento tem duas grandes virtudes: por um lado, sabendo que a produção de energia através de fontes renováveis é, por natureza, intermitentes, é fundamental que Portugal vá fazendo crescer essa capacidade de armazenamento, para ter alguma autonomia. Por outro lado, como existem flutuações de preço, essa capacidade de armazenamento garante que nunca o preço da eletricidade injetada na rede, quando há uma flutuação de mercado, ultrapassa um determinado plafond“, explicou o ministro.

A produtora sul coreana Hanwha Q Cells levou seis lotes, juntando-se à Iberdrola, Endesa, Tag Energy, Enerland e Audax. Os vencedores foram todos estrangeiros, embora houvesse entidades portugueses entre os candidatos. As centrais só deverão entrar em operação em 2024.

ZAP //

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