O “novo Euromilhões” vai ser diferente. Começa em Novembro

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JLM Photography / Flickr

Portugal também vai aderir ao Eurodreams, que será sorteado em nove países europeus. Prémio será pago em prestações.

Não é uma fotocópia do Euromilhões mas o nome não é muito diferente e, de facto, é a maior lotaria criada na Europa desde o Euromilhões, que se estreou em Fevereiro de 2004.

Quase 20 anos depois, vem aí o Eurodreams. O primeiro sorteio está marcado para o dia 6 de Novembro e Portugal deve alinhar já no jogo.

Há Conselho de Ministros e aí deve ser aprovada a adesão de Portugal, através da Santa Casa da Misericórdia, indica o jornal Público.

No caso do Euromilhões, em 2004, o primeiro sorteio em Portugal só foi realizado oito meses depois do primeiro sorteio em França.

Agora há alinhamento desde o início mas o Eurodreams será diferente do Euromilhões.

A nova lotaria, que se apresenta como mais focada nos jovens, não vai pagar o prémio total de uma só vez.

Os prémios serão pagos ao longo de vários anos: o vencedor recebe uma prestação mensal durante anos.

Quem ficar com o primeiro prémio, recebe 20 mil euros por mês durante 30 anos. Na segunda categoria de prémios, o valor é variável; pode chegar aos 2 mil euros por mês, pagos em cinco anos.

O Estado fica com 20% dos prémios em imposto de selo, tal como já acontece noutros jogos. 2% segue para a Santa Casa.

O Eurodreams terá dois sorteios por semana: à segunda-feira e à quinta-feira.

Portugal junta-se a Espanha, França, Reino Unido, Áustria, Bélgica, Irlanda, Luxemburgo e Suíça – os países que participam no Euromilhões.

A criação deste jogo surge numa fase em que se discute os problemas de jogo em Portugal, nomeadamente nas raspadinhas.

Há quem defenda que o Governo deveria encerrar o jogo das raspadinhas mas, neste caso do Eurodreams, o Executivo considera que este jogo é uma forma de combater a oferta ilegal deste tipo de sorteios e diversificar e actualizar a oferta de jogo.

ZAP //

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6 Comments

  1. Quando á uns anos atrás existiam máquinas de jogos nos cafés e em todo lado onde era possível foi uma calamidade pois as pessoas ganharam o vício do jogo de tal maneira que quando se recebia o ordenado algumas pessoas não chegavam com dinheiro nenhum a casa até houve casos de tentativas de suicídio.
    Como houve muita contestação por parte das mulheres em que os maridos perdiam os ordenados neste tipo de jogo o governo da altura decretou que as máquinas fossem retiradas do mercado e acabou o vício e os ordenados mal gastos.
    Anos depois ( será que o governo não vê ), existem as raspadinhas que tornaram a viciar muita gente agora até muitas mulheres jogam e gastam muito neste tipo de jogo de tal maneira que ordenados e reformas não chegam para matar o vício.
    E eu digo isto pois estou a trabalhar em frente a um café onde se faz fila para jogar nas raspadinhas.
    Agora querem promover mais um jogo para as pessoas gastarem mais dinheiro mal gasto mas acabar com as raspadinhas é que não, será porque o governo sempre arrecada algum do valor deste jogo. Claro que ganha mas é lamentável que se proceda deste modo e depois se venha a apregoar moralidades para outro tipo de coisas.
    Eu não queria politizar este assunto mas não consigo deixar de lamentar este tipo de situações na sociedade em que vivo sem chamar a atenção do governo pois astá na mão do governo acabar com isto.
    Fernando Santos

  2. Mas… alguém obriga as pessoas a jogar? E os gordos, deve o governo lhes tirar acesso a comida excessiva? Quando é que as pessoas começam a assumir as consequências dos seus actos?

  3. O estado ficar com 20%….é o melhor que pode acontecer. Primeiro, o estado não é o Costa e o resto da malta. O estado somos nós todos e o que esta regra faz é tirar milhões a alguém que é muito rico porque acabou de ganhar muitos milhões.
    O afunilamento da riqueza em meia dúzia de indivíduos é um dos grandes problemas que temos no planeta. É preciso admitir que há diferença entre humanos, entre as capacidades de uns e outros, entre o esforço a que cada um se dispõe em sociedade, mas essa diferença não é 50x, 100x, 1000x superior! Uma das soluções para diminuir essa diferença é taxar quem muito tem.
    Mas para quem pouco tem e se imagina a ganhar este prémio um dia, custa pensar que vão ter logo que fazer uma doação ao resto da população portuguesa na forma deste imposto 🙂

  4. A xoxinha que para lá foi queria fazer não sei o quê para conversar com quem entende do assunto, as pessoas que tratam das dependências bla-bla-bla-bla. Em vez de acabar com as malditas raspadinhas, que só servem para roubar os pobres, vai lançar mais um jogo para viciar mais gente. Tudo isto é obsceno. Para além dos brutais impostos, dos preços exorbitantes da habitação, da alimentação, da gasolina, o Estado ainda rouba os cidadãos com esta porcaria do “jogo legal”. O jogo é sempre ilegal, porque é a maior aldrabice e está viciado.
    Como é que se explica que a grande maioria dos prémios do Euromilhões só saia no Reino Unido (quase sempre), na França (muitas vezes) ou na Espanha (às vezes)? Não me venham dizer que os números sorteados têm uma predilecção geográfica por esses países, ou porque são os mais populosos. É claro que aquilo está viciado. Quando Portugal aderiu ao Euromilhões, no início era uma cabazada de jackpots a sair no nosso país. Semana sim, semana não, lá havia um milionário português. Porquê? Para agarrar a malta. Viciada a clientela, a ma_ ma parou. Agora raro é o ano em que sai algum primeiro prémio em Portugal. Em compensação, ao longo do ano saiem vários jackpots no Reino Unido, invariavelmente.
    Os países da Europa Central e de Leste não estão no Euromilhões. Estão numa coisa chamada EuroJackpot, com os mesmos 50 números e 12 estrelas do Euromilhões. E onde é que saiem maioritariamente os maiores primeiros prémios? Exactamente… na Alemanha!
    Hoje era o Superjackpot de 130 milhões. Era evidente que tinha de sair logo hoje (passam-se semanas em que não sai o primeiro prémio, mas quando é Superjackpot sai logo, raramente acumula). E onde é que saiu? Na França, é claro!
    Hoje gastei 170 e tal euros em múltiplas no Euromilhões. Não me saiu NADA! Nem sequer um último prémio. Aquilo deve estar programado de tal maneira que quando o jogo encerra às 19h00, uma aplicação selecciona a chave vencedora no país em que pretendem que saia e depois colocam na girândola as bolas mais pesadas da chave a sortear. Ou então seleccionam as imagens apropriadas com os números da chave pretendida. Ninguém sabe como é que aquilo é fiscalizado, nem onde é sorteado. Nunca é filmado sequencialmente, em plano único fixo, mas vê-se que há montagem de imagens, com a bola sorteada a sair da girândola. Uma clara aldrabice! Alguma vez, o sorteio é feito ao vivo, em directo, alternadamente em cada um dos países participantes, com júri fiscalizador? (E mesmo assim, em Portugal, a fiscalização é duvidosa, pois uma vez num sorteio do Totoloto saiu uma bola com o número 0!)
    O Bloco de Esquerda, o PCP, o Livre, nunca falam nesta chaga social que é o “jogo legal”. Um conselho: nunca joguem no “jogo legal”. Nunca sai nada. Só serve para queimar dinheiro. Pelos menos nas velhinhas rifas sempre sai alguma coisa de jeito, pelo que me dizem. O Estado é que não vai lá roubar nada a ninguém.

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