O comentador político Luís Marques Mendes acusou, este domingo, o Governo e a Santa Casa de fomentarem a pobreza, ao não terem coragem de acabar com as raspadinhas. 1,21% da população adulta portuguesa está viciada. “Este é um jogo terrivelmente perverso”.
No seu espaço de comentário ao domingo à noite na SIC, Luís Marques Mendes veio apelar ao fim das raspadinhas (“se houver coragem”).
Um estudo, divulgado na semana passada, revelou que cerca de 100 mil portugueses têm problemas de jogo com raspadinhas, e 30 mil têm perturbação de jogo patológico, por causa desse vício.
Marques Mendes confessou que não ficou surpreendido com os resultados. O comentador alertou para os malefícios sociais da raspadinha, referindo que as pessoas que mais jogam são aquelas com menos rendimentos, “os pobres, que perdendo ainda ficam mais pobres“.
O social-democrata acusou o Governo e a Santa Casa da Misericórdia de imoralidade, por fomentarem a pobreza, através de um vício que deixa cada vez mais pessoas doentes: “O Estado existe para combater a pobreza, não é para incentivar a pobreza. Aqui acontece que o Estado incentiva a pobreza (…) Isto é imoral“.
“Momentos excecionais requerem atitudes excecionais”
Os autores do estudo dizem, contudo, que acabar com o jogo não é solução, uma vez que isso, provavelmente, iria gerar situações de jogo ilegal, que não são positivas e têm consequências nefastas, para a sociedade.
Na visão dos investigadores, a solução ideal é melhorar a regulação e implementar campanhas informativas, que ajudem as pessoas a ter mais consciência e literacia, acerca deste jogo.
Em teoria, Luís Marques Mendes até concorda com a regulação; mas, na prática, considera que isso não vai resultar: “A regulação neste caso – que é estabelecer regras e limites – não vai funcionar, porque isto é um vício de tal forma profundo que ninguém vai cumprir as regras, nem ninguém as vai fiscalizar, porque em Portugal ninguém fiscaliza nada. Além disso, não se pode ter um polícia à porta de cada estabelecimento”.
O comentador sublinhou que “momentos excecionais requerem atitudes excecionais” e, por isso, solução mais aceitável é acabar com “este jogo terrivelmente perverso”.
“Devia haver coragem para acabar com a raspadinha…, mas não vai haver, nem por parte da Santa Casa da Misericórdia nem por parte do Governo”.
Devia haver coragem para dar trabalho/emprego aos Portugueses que querem trabalhar, mas desde 2012 até à presente data que os Governos, a Presidência, e os partidos, não são capazes de dizer como é que vão trabalho/emprego aos Portugueses.
devia haver coragem para acabar com todo o jogo exceto totobola e totoloto e de via haver coragem para acabar com as plantação de tabaco
Devia haver coragem para acabar com a publicidade ao jogo na TV e não só, tal qual fizeram com o álcool e com o tabaco.
Devia haver coragem para resolver o problema da habitação….. Falta de casas, rendas absurdas para os baixos salários…..
Queiram ou não, o jogo é uma necessidade humana. Em todas as culturas sempre houve e sempre haverá jogo. TORNÁ-LO ILEGAL NÃO É A SOLUÇÃO!
Os políticos “profissionais”, como é o caso desse tal Marques Mendes, só giram à volta do mediatismo das notícias cotidianas. Resolver os problemas de base da sociedade portuguesa não faz parte da sua agenda.