NUDT / CCTV

Em emissão televisiva nacional, entre um dedo indicador e um polegar, a China apresentou o seu novo drone, concebido para imitar um mosquito — tanto em tamanho como no padrão de voo.
O minúsculo dispositivo foi revelado na CCTV por Liang Hexiang, da Universidade Nacional de Tecnologia de Defesa (NUDT), avança o South China Morning Post, como um objeto destinado a “missões de reconhecimento e operações especiais no campo de batalha”.
A maior vantagem do drone está, claro, na sua dimensão. Mais pequeno do que uma moeda, o dispositivo semelhante a um inceto possui duas asas em forma de folha que batem rapidamente e três pernas finíssimas concebidas para se apoiar em superfícies.
No interior, o inovador drone integra sistemas avançados de alimentação, sensores em miniatura e componentes eletrónicos de controlo. pode naturalmente vir a ser usado em situações de espionagem, vigilância urbana ou operações de busca e salvamento.
Os drones já transformaram profundamente a guerra moderna. Dos conflitos na Ucrânia ao Médio Oriente, forças militares e milícias utilizam-nos para tudo. À medida que a tecnologia avança, estes sistemas não tripulados tornam-se mais inteligentes, mais pequenos e mais autónomos.
Mas a miniaturização da tecnologia traz consigo desafios técnicos. Integrar sensores, fontes de energia e sistemas de controlo num formato tão compacto impõe restrições ao alcance e à autonomia do drone.
Apesar destas limitações, as aplicações potenciais são vastas e inquietantes. Um dispositivo capaz de entrar por uma janela sem ser detetado poderia ser usado para vigilância ou até para transportar cargas perigosas sem deixar rasto.
Os Estados Unidos e a Noruega têm também investido neste tipo de tecnologia. O Black Hornet, já usado por forças da NATO, é maior e menos parecido com um inseto, mas oferece maior alcance e transmissão de dados encriptada.
Não se sabe no entanto ainda se o drone mosquito da China é apenas um protótipo ou já um sistema operacional.