Novo Banco com subida de 94% nos lucros no primeiro semestre de 2022

Rodrigo Antunes / Lusa

O presidente executivo do Novo Banco, António Ramalho

Divulgação dos resultados do primeiro semestre de 2022 coincidiu com o último dia de António Ramalho como presidente executivo da instituição bancária, passando a pasta a Mark Bourke.

O Novo Banco aumentou em 94% os lucros nos primeiros seis meses do ano, face ao igual período do ano. Segundo os dados facultados à Comissão de Mercados e Valores Mobiliários, a instituição apresentou um resultado positivo de 266,7 milhões de euros, os quais se comparam aos 137,7 milhões de euros na primeira metade do ano passado.

A publicação dos resultados semestrais coincidiu com o dia em que António Ramalho deixou de exercer funções como presidente executivo da instituição, após seis anos. O período, lembra o Eco foi marcado por diversas polémicas, sobretudo nas disputas com o Governo, o Parlamento e o regulador.

A liderança foi, sobretudo, marcada pela limpeza efetuada aos ativos financeiros do extinto Banco Espírito Santo e pelas tentativas de eliminar o legado deixado por Ricardo Salgado.

Após uma sequência de anos com resultados negativos, a inversão aconteceu em 2021, quando o Novo Banco já tinha registado um lucro de 184,5 milhões de euros – um valor, ainda assim, muito aquém das perdas acumuladas desde a resolução do BES. De acordo com a mesma fonte, desde esse primeiro resultado positivo em 2021, a instituição somou um lucro de 140 milhões no primeiro trimestre deste ano, com a tendência a manter-se.

“Os resultados confirmam o momentum do Novo Banco e o modelo de negócio acretivo, combinado com medidas específicas de geração de capital. O Novo Banco demonstra criação de valor para todos os seus stakeholders, com o progresso efetuado nos últimos anos refletido no upgrade de dois níveis pela Moodys. O banco está bem posicionado para continuar a crescer e competir no mercado português”, pode ler-se no comunicado assinado por António Ramalho.

O documento justifica os números com o “sólido desempenho do negócio com incremento da rentabilidade, apesar do atual contexto macroeconómico caracterizado por pressões inflacionistas e consequente volatilidade das taxas de juro.”

ZAP //

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