/

Cientistas criam nova forma de desencriptar mensagens secretas

Uma equipa de engenheiros chineses está a criar uma nova forma de transmitir mensagens secretas ou aceder a locais de acesso reservado através das nossas mãos.

A equipa demonstrou como é que a radiação infravermelha (ou seja, calor) proveniente da mão pode ser usada para desencriptar mensagens secretas.

Os autores do estudo publicado esta segunda-feira na revista Proceedings of the National Academy of Sciences sugerem que pode também ser usada para criar senhas impossíveis de clonar ou reproduzir.

O calor que emana do corpo humano tem sido usado há muito tempo para segurança e defesa, mas até agora esta radiação infravermelha raramente tinha sido usada como uma forma de colocar os humanos no controlo de sistemas computorizados.

Embora seja muito semelhante aos leitores de impressões digitais, esta nova tecnologia pode oferecer conexão sem contacto direto e sem energia.

“O uso de componentes humanos como fontes de luz infravermelha pode fornecer uma forma promissora de aumentar a controlo e a flexibilidade dos sistemas criados”, escrevem os autores, citados pela Inverse. “A mão humana não é apenas uma fonte de luz infravermelha natural, mas também uma fonte de luz multiplexada com cada dedo a servir como uma fonte de luz independente”.

An et al. / PNAS

Os computadores quânticos vão conseguir, no futuro, invadir facilmente sistemas e quebrar a encriptação de informação privada e secreta: desde as nossas palavras-passe aos segredos de Estado.

Para transformar a mão humana numa ferramenta de desencriptação poderosa, a equipa de investigadores só teve que separar a radiação infravermelha ambiente da radiação infravermelha vinda especificamente de uma mão.

Os autores descobriram que usando apenas a luz infravermelha proveniente de uma mão, eles foram capazes de revelar imagens cada vez mais complexas, incluindo aquelas que variam em diferentes profundidades (por exemplo, aquelas com várias camadas de material encriptado).

An et al. / PNAS

Isto significa que as impressões digitais podem ser usadas como chaves de encriptação não clonáveis. A equipa demonstrou ainda que gestos específicos podem também ser usados como chaves de encriptação.

Daniel Costa, ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.