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Mítica espécie de rato gigante finalmente encontrada nas Ilhas Salomão

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(CC0/PD) freestocks / unsplash

O rato gigante tem cerca de meio metro de comprimento e pesa cerca de um quilo

Após décadas de rumores acerca de um “rato gigante que cai das árvores” nas ilhas Salomão, a sua existência foi finalmente confirmada por um cientista britânico.

Até agora, nenhum dos diversos investigadores que tinha partido paara a densa floresta tropical à procura do rato gigante tinha conseguido encontrar qualquer prova de que o mítico animal, conhecido no arquipélago das Salomão como “vika”, fosse real.

Tyrone Lavery, o cientista que que descobriu e classificou a nova espécie, afirma que o animal tem aproximadamente meio metro de comprimento e pesa cerca de um quilo, quase quatro vezes mais que os maiores ratos da cidade.

O pesquisador não confirmou que o “vika” fosse capaz de partir cocos com os dentes, mas encontrou cascas de nozes de dureza similar com marcas que correspondem aos dentes do roedor.

Numa primeira expedição à procura do animal, Lavery, investigador do Museu Field de História Natural, em Chicago, nos Estados Unidos, tinha já colocado ratoeiras e câmaras ativadas por movimento em pontos-chave da ilha, mas não conseguiu encontrar qualquer traço do roedor. Só em 2011 encontrou a primeira pista: fezes gigantes de rato.

Mesmo assim, conta Lavery ao The Guardian, o cientista pensou em desistir, porque considerava que não estaria perante uma nova espécie.

Mas , tudo mudou. Durante uma tarde, abate de árvores, os aldeões com quem o cientista já tinha trabalhado viram um “vika” cair ferido no chão. O rato morreu pouco depois, mas Tyrone Lavery foi avisado.

Os estudos que fez ao crânio do animal e ao ADN provaram que se tratava de uma nova espécie dentro do género uromys. A partir do animal encontrado, o cientista conseguiu calcular que ele poderá ter até 45 centímetros de comprimento, sem a cauda, e chegar a pesar meio quilo.

O cientista norte-americano chamou-lhe uromy vika, em homenagem ao nome que os habitantes locais lhe dão. Lavery não encontrou provas de que o rato coma cocos, mas sabe que come nozes ngali, um fruto local que pode ser tão difícil de abrir como um coco.

No estudo que descreve a descoberta, agora publicado no Journal of Mammalogy, Lavery sugere que o uromy vika seja imediatamente colocado na lista mundial de espécies gravemente ameaçadas, já que todos os avistamentos do rato aconteceram numa mesma espécie de árvore existente na ilha de Vanguno – o que significa que o habitat do animal está reduzido a 81 quilómetros quadrados.

Tyrone Lavery vai agora lançar um campanha de crowdfunding para ajudar a construir uma casa para os guardas florestais que trabalham na conservação da zona habitada pelo rato gigante.

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