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Nota artística: o número 6 no Sporting de Braga-Benfica

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Ai, as deslocações a Braga representam sempre um dos jogos mais difíceis do campeonato. Ai, cuidado com a Pedreira. Ai, que se calhar o Benfica vai perder. Olhemos para os últimos cinco campeonatos: cinco deslocações ao Estádio Municipal de Braga, cinco vitórias da equipa da Luz. Neste domingo foram à procura do triunfo número seis.

O número seis também marcou presença nos minutos que antecederam o jogo mais aguardado desta jornada. É que, ao olharmos para os onzes iniciais, verificámos que cada equipa iria começar com três defesas-centrais. Ei lá! Mais um bocado e um terço dos 22 futebolistas seria defesa-central. Ao todo começaram esta partida seis centrais.

Bom, com seis ou dezasseis centrais, o Benfica não terá de se preocupar muito com o ataque minhoto. É que, na primeira volta, o Sporting de Braga foi à Luz e ganhou por 3-2. Dois dos golos foram marcados por um jovem que nunca tinha bisado num jogo enquanto sénior: Francisco Moura.

Mas agora, Francisco não está cá. Não está ele, não está o Raúl Silva, não está o David Carmo, nem o Rolando, nem o Sequeira, nem o Castro, nem o Iuri Medeiros, nem o Rui Fonte… Um esquadrão completo. Quase que dava para criar uma classe só de lesionados em Braga.

No jogo, durante a primeira parte, houve mais Benfica. Não um Benfica claramente dominador, ou avassalador no ataque. Aliás, poucos ataques de jeito se viram até ao intervalo. Muita luta, muitos alívios das defesas e pouca finalização assinalável.

Enquanto o Al Musrati andava em todo o lado e era um jogador em destaque, o seu colega do lado, Fransérgio desequilibrou este duelo quando foi expulso. 38 minutos de jogo, três faltas e duas vezes o cartão amarelo. Registo pouco aconselhável para o brasileiro.

Voltando à parte da finalização, Rafa costuma tremer quando a baliza está próxima.

Mas não tremeu contra a sua equipa anterior. Foi em cima do intervalo que o internacional português apontou o primeiro golo do jogo.

João Novais, que tinha entrado por causa da expulsão de Fransérgio, acertou na barra logo no início da segunda parte. Poderia ser sinal de um anfitrião atrevido, mesmo com menos um homem em campo.

Do outro lado, não foi preciso acertar num ferro: golo do Benfica. Se, no primeiro, Seferović fez a assistência para Rafa marcar, no segundo golo, Rafa fez a assistência para Seferović marcar. Uma dupla de repetentes que funciona. Repetentes, no sentido em que repetem presença no plantel do vice-campeão. Já moravam em Lisboa no ano passado.

Muitas caras novas chegaram no verão passado, muitas caras novas chegaram para o ataque no verão passado e…são suplentes: Pedrinho, Darwin Núñez e Everton ficaram a aquecer o banco em Braga. Ora, 18 mais 24 mais 20… São 62 milhões de euros gastos em suplentes. Muito dinheiro em aquecedores.

Depois, Pizzi entrou e demorou dois minutos… A ver o cartão amarelo. Vê lá se não vais para a beira do Fransérgio.

Nos minutos finais o Braga começou a aparecer na frente mas não conseguiu reduzir sequer.

Vitória do Benfica que não mereceu comentários por parte do seu treinador, na zona das entrevistas rápidas. O filho de Deus nunca gostou de muito barulho. E aí concordo com ele: há estádios (se calhar quase todos) em que parece que estamos numa discoteca – coisa que nem havia no tempo do filho de Deus…

Na mesma zona de entrevistas rápidas, Carlos Carvalhal esteve durante quase dois minutos a falar do mesmo: densidade competitiva, lesões, contrariedades, chamar miúdos… Outra vez? Já ouvi essa. Quase dois minutos sem falar do jogo…e era uma entrevista rápida. Mas lá veio o discurso de sempre: o número de jogos, os problemas no plantel… Nada de novo e tudo de novo no introito do treinador bracarense.

Vitória do Benfica foi sinónimo de derrota do Sporting de Braga, que há duas semanas era segundo classificado e agora é quarto. E, se não tiver cuidado, vai sentir por perto o estável Paços de Ferreira, que está…a seis pontos de distância. Número seis, pois claro.

Um Paços que já vai preparando a festa da Europa. Embora, nesta fase, esteja mais preocupado com outras festas.

Aquelas em Esposende.

Nuno Teixeira, ZAP //

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4 Comments

  1. É lamentável estas arbitragens! O Braga por seu lado tem sido acusado anteriormente de conivência com o Benfica, desta vez parece ser o árbitro a abrir caminho ao Benfica afastando o Braga do terceiro lugar. O futebol português parece talhado para arranjar campeões por encomenda, desta forma nem Braga, nem outros considerados pequenos jamais terão oportunidade de um dia chegar ao topo, ou, porque são coniventes com a situação ou, porque são excluídos por formas arbitrárias. Se o Sporting este ano conseguir ser campeão, para o próximo ano terá tudo e todos contra ele para o afastarem de novo sucesso e os culpados todos saberão quem são.

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