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Donald Trump terá dito (várias vezes) que norte-americanos que morreram na 1.ª Guerra são “falhados”

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Shealah Craighead / White House

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, terá feito comentários depreciativos sobre membros do Exército norte-americano capturados ou assassinados durante a I Guerra Mundial.

De acordo com a revista The Atlantic, que cita fontes familiarizadas com o assunto, Donald Trump ter-se-á referido em várias ocasiões aos norte-americanos que morreram na I Guerra Mundial e que foram enterrados num cemitério em França como “falhados”.

Estas afirmações foram confirmadas pela Associated Press, que cita uma fonte do Pentágono.

O Presidente dos Estados Unidos cancelou, em 2018, uma visita planeada ao cemitério Aisne-Marne, alegando que o helicóptero não seria capaz de transportá-lo ao local por causa da chuva que se fazia.

No entanto, de acordo com quatro fontes, Trump recusou a visita por temer que o seu cabelo se despenteasse com a chuva e por não achar que era importante homenagear os norte-americanos mortos na guerra. “Por que deveria ir àquele cemitério? Está cheio de perdedores”, trá dito Trump aos seus assessores.

Numa conversa separada na mesma viagem, o Presidente referiu-se aos mais de 1.800 fuzileiros navais que perderam a vida na Batalha de Belleau Forest em 1918 como “fracassados” por terem sido mortos.

Trump terá também questionou os seus assistentes sobre detalhes históricos da I Guerra Mundial, além de admitir que não entendia porque é que os Estados Unidos intervieram no lado dos Aliados.

A revista relata que Trump não quis apoiar o funeral do senador republicano John McCain, um condecorado veterano da Marinha que passou anos como prisioneiro de guerra no Vietname, por considerá-lo um “perdedor”.

Além disso, em pelo menos duas ocasiões desde que assumiu a Presidência dos Estados Unidos, Trump referiu-se ao ex-Presidente George H. W. Bush como “perdedor” por ter sido abatido pelos japoneses quando era piloto da Marinha na II Guerra Mundial.

Alyssa Farah, porta-voz da Casa Branca, garantiu, em comunicado, que a “informação é obviamente falsa” e que o Presidente “tem os militares em alta estima”. “Mostrou o seu compromisso com eles em todos os momentos – mantendo a sua promessa de dar às nossas tropas um aumento de salário muito necessário, aumentando os gastos militares, assinando reformas críticas para os veteranos e apoiando os cônjuges dos militares”, disse.

Trump também negou a informação no Twitter, onde assegurou que “nunca” chamou os soldados caídos de “nada além de heróis”. Trump disse ainda que o artigo tinha “notícias falsas” e era uma “tentativa vergonhosa de influenciar as eleições de 2020”.

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