Quer o Governo quer a Direção-Geral da Saúde (DGS) mantêm-se em silêncio relativamente a eventuais restrições a implementar no Natal e Ano Novo, numa altura em que a incidência da covid-19 está a aumentar.
Segundo a edição online do semanário Expresso, as associações representativas do turismo, dos restaurantes ou dos centros comerciais ainda não receberam qualquer tipo de indicações da parte do Governo ou da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre as regras a serem implementadas no Natal e Ano Novo.
Por esta altura, no ano passado, já tinham recebido orientações, pelo que entendem que, este ano, o período festivo irá decorrer de forma “normal”, apesar de já se estar a verificar um aumento na incidência da doença.
Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), entende que, não tendo havido até à data qualquer contacto do Governo neste sentido, “consideramos que vigoram as mesmas condições que existem hoje – é o business as usual“.
A restauração não está tão tranquila. A Associação Nacional de Restaurantes (ProVar) já avançou vários “contactos informais” com o Governo, mas não recebeu qualquer feedback.
No ano passado, os restaurantes tiveram de cancelar reservas já efetuadas para ceias de Natal e jantares de fim de ano, devido a restrições de última hora. Agora, receiam que possa acontecer o mesmo.
“Caso haja algum tipo de restrição, esperamos que pelo menos nos contactem com alguma antecedência para não sermos apanhados desprevenidos como no ano passado e a ter de cancelar reservas”, disse Daniel Serra, presidente da ProVar, em declarações ao Expresso.
A Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) também não recebeu quaisquer indicações do Governo ou da DGS de normas a adotar em relação ao período de compras de Natal.
“Não há nada previsto a nível de restrições face ao que está implementado, nem tal faria sentido para a APCC”, adiantou fonte oficial da associação de centros comerciais.
Atualmente, o que vigora é “o acesso livre aos centros comerciais, sem haver rácio de clientes por metro quadrado”. A única diferença nos centros comerciais em relação às lojas de rua com menos de 400 metros quadrados é que as pessoas têm de continuar a usar máscara.
“Tirando a questão das máscaras, e se tudo se mantiver, será um Natal ‘normal’ nos centros comerciais”, frisou a fonte da APCC.
Mas restrições em nome do que? A seguir que evidencias cientificas?
Quem paga a fatura? e quem sai beneficiado?
Já não chega?