Neves demite-se do cargo de CEO da Farfetch. Despedimentos já arrancaram em Portugal

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Fundação José Neves

José Neves, o diretor executivo e fundador da Farfetch

José Neves abandonou a direção executiva da Farfetch mediante o investimento da sul-coreana Coupang. A empresa vai começar a onda de despedimentos em Portugal, onde emprega mais de 3000 pessoas.

A recente aquisição da Farfetch pela gigante sul-coreana Coupang resultou numa mudança significativa de liderança e estratégia, incluindo a demissão do presidente executivo e “chairman” José Neves.

Bom Kim, da Coupang, assume agora o controlo da Farfetch, lançando uma nova era para a plataforma global de moda de luxo. A transição de poder vem acompanhada de uma onda de despedimentos a nível global, começando em Portugal, onde a Farfetch detém a maior parte dos seus trabalhadores, com os escritórios de Braga, Guimarães e Matosinhos a ter 3000 funcionários. Segundo o ZAP apurou, já há trabalhadores que foram informados de que serão despedidos.

A empresa enfrenta desafios consideráveis e os cortes no pessoal são tidos como “difíceis, mas necessários” para sustentar o futuro do negócio. Os despedimentos não se limitará a Portugal. Além disso, a saída de José Neves coincide com a partida de outros gestores importantes, embora Neves permaneça como consultor da empresa, avança o Jornal de Negócios.

Esta nova fase na história da Farfetch ocorre após um resgate financeiro crucial por parte da Coupang em dezembro do ano passado, que incluiu uma injeção imediata de 500 milhões de dólares numa joint-venture com a Greenoaks, salvando a Farfetch de condições que poderiam ter cessado a sua atividade. A venda implicou uma perda total para os investidores, com ações que outrora valeram mais de 70 dólares a caírem para cêntimos, culminando na saída da bolsa de Nova Iorque.

A Farfetch enfrentou uma série de desafios que contribuíram para sua queda, incluindo o confinamento prolongado na China e a guerra na Ucrânia, além de decisões estratégicas questionáveis que se afastaram de seu principal negócio.

A situação agravou-se com o anúncio de que a empresa não apresentaria resultados dos primeiros nove meses do ano, contrastando com as previsões otimistas de José Neves para 2023.

ZAP //

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