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Novo primeiro-ministro de Israel dá 14 dias a Netanyahu para deixar residência oficial

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu

O novo primeiro-ministro de Israel, Naftali Benet, deu duas semanas ao antecessor Benjamin Netanyahu para abandonar a residência oficial do chefe de Governo, em Jerusalém, segundo adianta hoje a imprensa local.

Benet terá enviado na sexta-feira uma mensagem ao agora líder da oposição, dando-lhe no máximo 14 dias para deixar a residência oficial, onde Netanyahu viveu nos últimos 12 anos.

O novo primeiro-ministro não tenciona mudar-se com a família para a residência oficial, mantendo a morada em Telavive, para que os filhos não tenham de mudar de escola, mas pretende usar a residência oficial em Jerusalém para pernoitar, quando o trabalho o exigir, e para eventos oficiais e receber dignitários estrangeiros.

Face a esta situação, Vladimir Beliak, deputado do Yesh Atid, um dos partidos da nova coligação de Governo que permitiu afastar Netanyahu, já anunciou que vai apresentar uma proposta legislativa para garantir que os primeiros-ministros cessantes abandonem a residência oficial, no prazo máximo de 14 dias, depois da tomada de posse de novos executivos.

Benet, um ultranacionalista religioso que lidera o partido Yamina, vai ocupar o cargo de primeiro-ministro nos dois primeiros anos da legislatura, até agosto de 2023, altura em que passará a pasta ao parceiro de Governo, o centrista e laico Yair Lapid, líder do Yesh Atid e arquiteto do chamado Governo de mudança.

A mensagem do novo primeiro-ministro é enviada após serem levantadas suspeitas de que Benjamin Netanyahu poderia estar relutante em deixar a casa onde viveu nos últimos 12 anos, depois de ter recebido Nikki Haley, a ex-embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, na residência oficial.

Em Israel, não há um prazo definido para que um primeiro-ministro abandone a residência oficial, mas a eventual mudança tornou-se um assunto de especulação nos últimos tempos, depois de Netanyahu ter acusado o seu sucessor de cometer a “fraude do século” ao usar os votos do seu eleitorado de direita para liderar uma coligação ideologicamente diversa.

ZAP // Lusa

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