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À segunda é de vez? NASA volta a tentar lançar novo foguetão lunar

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A agência espacial norte-americana (NASA) vai tentar lançar hoje pela segunda vez o novo foguetão lunar SLS, depois de na segunda-feira a descolagem ter sido cancelada devido a problemas técnicos.

O lançamento será feito da base da NASA em Cabo Canaveral, na Florida, com uma “janela de oportunidade” de duas horas que se abre às 19:17 em Lisboa.

O voo de teste do SLS, que tem acoplada no topo a nave Orion, que irá orbitar a Lua com três manequins a bordo, foi adiado devido a uma fuga de combustível, a uma falha numa válvula e ao insuficiente arrefecimento de um dos quatro motores principais.

Na terça-feira, a equipa técnica reuniu-se para analisar os dados e decidiu fazer a segunda tentativa de lançamento hoje, afastando a possibilidade de sexta-feira, que estava prevista no calendário anterior (que inclui uma terceira data de descolagem, 05 de setembro).

A concretizar-se, o lançamento do SLS, sucessivamente adiado ao longo dos anos, marca o início do programa lunar Artemis, com que os Estados Unidos pretendem regressar à superfície da Lua em 2025, um ano depois do previsto, colocando no solo a primeira astronauta mulher e o primeiro astronauta negro. A última alunagem foi há cerca de 50 anos, em dezembro de 1972.

Em 2024, a NASA quer levar astronautas novamente para a órbita lunar.

O SLS, de 98 metros de altura, é o foguetão mais potente da NASA desde o Saturno V, que levou astronautas à Lua, entre 1969 e 1972, no âmbito do programa Apollo. Apenas astronautas norte-americanos, 12 ao todo, estiveram na Lua.

Tal como o Saturno V, o SLS não é reutilizável, pelo que terão de ser construídas novas unidades para novas missões.

O novo foguetão, que tem o dobro da altura do Elevador de Santa Justa, em Lisboa, transportará, na primeira missão, dez microssatélites científicos (do tamanho de uma caixa de sapatos) que, depois de largados no espaço, permitirão estudar os efeitos da radiação, um asteroide ou a superfície gelada da Lua.

Parcialmente reutilizável, a nave Orion permanecerá no espaço mais tempo que qualquer outra nave para astronautas, sem acoplar a uma estação espacial, e regressará à Terra mais rápido e mais quente. O seu escudo térmico é o maior alguma vez construído.

A Orion tem um módulo europeu (da Agência Espacial Europeia, ESA) que a levará ao seu destino e de regresso a “casa”, permitindo aos astronautas de missões futuras terem luz, água, oxigénio, nitrogénio e controlo de temperatura.

Os manequins que seguem a bordo na primeira missão têm sensores para testar os efeitos da radiação, aceleração e vibração.

A nave irá voar em redor da Lua, depois de se separar do foguetão SLS, numa órbita distante durante algumas semanas antes de regressar à Terra e amarar no oceano Pacífico.

A primeira missão do programa Artemis tem a duração de mês e meio e serve para testar o desempenho e a segurança do voo do SLS e da Orion.

Com o novo programa lunar, a NASA espera “estabelecer missões sustentáveis” na Lua a partir de 2028 com o intuito de enviar posteriormente astronautas para Marte. A partida para estas missões lunares ou para Marte será feita de uma estação espacial a instalar na órbita da Lua, a Gateway.

Na mitologia grega, Artemis (Ártemis em português) era irmã gémea de Apollo (Apolo) e deusa da caça e da Lua.

ZAP // Lusa

3 Comments

  1. Nem sequer conseguem tirar um foguetão do chão em 2022, mas a NASA quer que acreditemos que enviou 6 foguetões em segurança para a Lua e de volta (num período de menos de 3 anos e meio) e teve 12 tipos a caminhar, conduzir e jogar golfe na Lua com a tecnologia de há 50 anos atrás?

    Mas essa tecnologia foi de alguma forma perdida e posteriormente esquecida pelos seus engenheiros para se replicar hoje?

    Acreditar nesse disparate é mais absurdo do que acreditar que nunca fomos realmente à Lua

    • Mas você pensa antes de escrever? É claro que a tecnologia dos anos 70 se perdeu! Os computadores usados na altura já não existem, o código escrito na altura não corre em computadores atuais, e mesmo que corresse, provavelmente não há programadores vivos que percebam esse código. É preciso recriar praticamente tudo.

      • A pergunta que me coloca podia vir montada num boomerang? É que a falta de pensamento crítico parece grassar no seu comentário.

        Perdeu-se, diz você … Eu perdi uma vez as chaves do carro pois não sabia onde as tinha deixado. Acabaram por aparecer sabe? E olhe que eu não sou nenhum cientista da NASA!!

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