Após complicações com o ator Kevin Hart, a cerimónia dos Oscars de 2019 irá decorrer sem apresentador, algo que não acontecia desde 1989.
De acordo com a revista Variety, a entrega de prémios irá sofrer uma enorme reinvenção, recorrendo a várias celebridades para conduzir o evento, ao invés de se concentrar num único anfitrião.
Segundo adiantou uma fonte envolvida na organização, este novo formato será composto por vários segmentos cómicos e momentos musicais, protagonizados por possíveis nomeados como Lady Gaga, Dolly Parton e Kendrick Lamar.
A razão para esta drástica mudança, a pouco mais de um mês da cerimónia, deve-se à desistência do até então apresentador Kevin Hart, no seguimento de várias críticas relativas a tweets homofóbicos publicados pelo próprio em 2008.
O apoio de Ellen DeGeneres
Ellen DeGeneres, anfitriã do evento no passado, surgiu em defesa de Hart no seu talk-show, afirmando que o perdoava e que tentou contactar a Academia para este manter a sua posição como apresentador da cerimónia.
Na mesma edição de The Ellen Show, Kevin Hart mostrou-se bastante descontente com toda a polémica, pois nada mais era do que um “ataque malicioso” ao seu caráter.
“Isto não foi um acidente. Isto não foi uma coincidência. Não foi coincidência o facto de um dia depois de aceitar o trabalho, tweets de 2008 terem emergido de alguma maneira. Isto é um ataque, é um ataque ao meu caráter, é um ataque para acabar comigo, não é só um ataque para parar os Oscars”.
Apesar da desaprovação do público, Hart recusou um pedido de desculpas. “Eu não vou continuar a recuar a tempos passados que já ultrapassei. Agora estou numa altura completamente diferente da minha vida”, revelou o ator num vídeo para o Instagram, “Eu vou ser eu próprio. Eu vou defender-me”.
Momentos depois Kevin Hart desistiu de apresentar os Oscars e desculpou-se via Twitter aos membros da comunidade LGBT.
“Tomei a decisão de não apresentar os Oscars deste ano… isto deve-se ao facto de eu não querer ser uma distração numa noite que deve ser celebrada por imensos artistas talentosos. Quero sinceramente pedir desculpa à comunidade LGBT pelas minhas palavras insensíveis no passado”.
A cerimónia dos Oscars está marcada para dia 25 de fevereiro. A renovação do evento surge em boa altura, tendo em conta que a última edição dos prémios apenas foi vista por 26,5 milhões pessoas, a audiência mais baixa de sempre.
Os homossexuais são doentes e fazer sexo entre 2 homens é aberração mas entre duas mulheres ainda vá que não vá.