O CEO da Galp lembra que nem na Guerra Fria houve um corte da energia russa à Europa e que este cenário pode colocar ainda mais pressão sobre os preços do petróleo.
Em declarações ao Público, o presidente executivo da Galp, Andy Brown, antecipa que os preços do petróleo continuem a subir com a incerteza trazida pelo início da guerra na Ucrânia.
Brown antecipava que o barril ultrapassasse os 100 dólares, algo que já aconteceu esta manhã. “Está demasiado alto e isso não é bom”, considera, apontando a recuperação das economias pós-covid e a crise na Ucrânia e na Rússia como os factores que explicam estas subidas.
Apesar disto, o responsável da Galp afirma que isto “nunca é uma boa notícia” para uma petrolífera. “No curto prazo as petrolíferas têm mais lucros, mas todos os negócios precisam de enquadramentos estáveis para investir. Não é bom quando os consumidores têm de pagar demasiado pelos combustíveis. De alguma forma, isso até acelerará a mudança do sistema energético, porque as pessoas não vão querer pagar esses preços e vão querer mudar para veículos eléctricos”, afirma.
O problema não é só do petróleo, abrange também o gás tornando-se assim “um problema de electricidade”. “Não há energias que estejam baratas“, refere.
No caso de um corte do fornecimento de gás natural da Rússia à Europa, os Estados Unidos podem tornar-se uma alternativa, mas o CEO da GALP duvida que as importações aos americanos sejam suficientes.
“Hoje, os fornecimentos de gás da Rússia são 40% menores do que eram há um ano. Isso demonstra que, por um lado, a Europa está a sobreviver com menos gás russo. Porém, à data de hoje, não há suficiente gás natural liquefeito [GNL] disponível para substituir todo o gás russo. Há muita procura e muitas cargas que já têm comprador, muitas com destino à Ásia, por exemplo. Esta é a situação actual e leva muito tempo para construir nova capacidade de GNL”, considera.
As reservas da Europa são ainda “muito baixas”, pelo que a preocupação não é só “em relação aos fornecimentos”, mas também “relativamente ao armazenamento”.
“Podem ser feitas algumas coisas [para reduzir consumos], como por exemplo substituir o gás usado para a produção de electricidade por combustíveis líquidos, mas isso significaria que teríamos de comprar mais combustíveis líquidos, o que por sua vez colocaria mais pressão sobre os preços do petróleo“, afirma.
Brown recorda que nem durante a Guerra Fria houve cortes no fornecimento da energia russa à Europa, pelo que este cenário seria “uma mudança completa de paradigma”.
Agradeçam em grande parte à Merkel por estarmos nesta situação. Colocou-se de cócoras, e agora quem sofre somos nós.
Mesmo!
Mas ainda há pouco andavam por aí a dizer que ela foi uma grande líder europeia, quando, além de nunca ter ajudado a Europa, ainda apoiou a venda de interesses europeus a estrangeiros e, mesmo depois da anexação da Crimeia, se juntou com o Putin para construir o Nord Stream 2!!
O resultado está à vista…
Tiveram muito tempo desde a Guerra Fria Para pensar e trabalhar nas alternativas ! gostam de dar dinheiro aos nossos Inimigos, para eles depois Investirem em armas e nos atacarem ,a China vai pelo mesmo caminho