“Não é a altura para conjeturas, nem para debates internos sobre o futuro do PSD”, afirmou a comissão permanente do PSD esta segunda-feira, num comunicado aos militantes sobre as eleições autárquicas.
De acordo com o Público, esta nota pode ser um recado para Paulo Rangel e a sua eventual candidatura à liderança do partido.
“Tudo o que possa contribuir para nos desviar do objetivo de um bom resultado no próximo dia 26 é negativo para o partido e não respeita, acima de tudo, o valor da lealdade e gratidão para com todos os nossos candidatos que, no terreno, se esforçam dedicadamente para obter um bom resultado para o partido e, essencialmente, para o país”, lê-se na nota.
E continuou: “Esta não é a altura para conjeturas, nem para debates internos sobre o futuro do PSD. O futuro do partido está, isso sim, nos resultados das próximas eleições autárquicas. Saibamos todos entender e respeitar solidariamente esse desafio”.
O “clima de mobilização e de entusiasmo” registado “um pouco por todo o país” leva à “expetativa de uma forte participação e de um resultado eleitoral muito positivo que se traduza numa maior implantação do PSD no território e numa reforçada dinâmica da ação política de alternativa ao Partido Socialista, quer ao nível nacional, quer local”.
Segundo a nota, nestas eleições estão envolvidos 64.482 candidatos autárquicos, dos quais 37.547 são independentes, o que “é bem revelador da capacidade demonstrada pelo PSD em abrir-se à cooperação com outros partidos, mas, mais importante, a capacidade de incorporar nas suas candidaturas a diversidade de setores e sensibilidades da sociedade portuguesa e das suas comunidades locais”.
Das listas do PSD, 45% são mulheres, 47% têm entre 30 e 50 anos, 32% têm mais de 50 anos e 21% são jovens com menos de 30 anos.
