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Nanotecnologia pode diagnosticar covid-19 e medir o risco de morte

Jean-Christophe Bott / EPA

Uma plataforma de assistência médica que utiliza nanopartículas ou levitação magnética pode diagnosticar a infeção pelo novo coronavírus e avaliar o risco de morte do paciente, sugerem cientistas.

“Esta tecnologia seria útil não apenas para proteger os centros de saúde de sobrelotação, mas também poderia impedir uma grave escassez de recursos, minimizar as taxas de mortalidade e melhorar a gestão de futuras epidemias e pandemias“, diz Morteza Mahmoudi, professor assistente do departamento de radiologia da Faculdade de Medicina Humana da Michigan State University.

A composição de fluidos biológicos, como lágrimas, saliva, urina e plasma varia de acordo com o estágio da doença, razão pela qual uma tecnologia deste género poderia ser bastante útil.

O fluido biológico de um paciente seria introduzido numa pequena coleção de nanopartículas. A superfície única da partícula recolhe proteínas, lípidos e outras moléculas dos fluidos num padrão que Mahmoudi se refere como coroa biomolecular.

“Ao analisar a composição das coroas na superfície de pequenas partículas, juntamente com abordagens estatísticas, a plataforma pode fornecer um padrão de ‘impressão digital’ para pacientes que podem estar em risco de morte após serem infetados pela covid-19″, diz Mahmoudi, citado pela Futurity.

Isto seria altamente benéfico no combate à pandemia, já que é uma tecnologia simples, que facilmente pode ser implementada nas unidades de tratamento de covid-19. Além disso, não seria necessário realizar os habituais testes.

“A plataforma proposta pode produzir um sistema ótico sensível e fácil de usar para identificar com precisão pacientes infetados com covid-19 com alto risco de morte”, acrescenta o especialista. Um estudo foi recentemente publicado na revista científica Molecular Pharmaceutics.

Outras das propostas feitas por Mahmoudi é uma tecnologia inspirada num recente avanço científico na levitação magnética à base de nanopartículas. Assim como a coroa biomolecular, o método inovador formava bandas distintas que criavam padrões únicos e confiáveis, úteis para identificar o estágio da infeção.

Mahmoudi está confiante nas capacidades de diagnóstico da tecnologia para pacientes com alto risco de morte por covid-19.

ZAP //

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