Mudança no consumo de uma farinha reduz os níveis de colesterol

Uma equipa de cientistas descobriu que um tipo específico de mistura de farinha de milho pode ser um fator de mudança para quem luta contra níveis elevados de colesterol.

Segundo o Study Finds, os investigadores centraram-se em três tipos diferentes de farinha de milho: farinha de milho integral, farinha de milho refinada e uma mistura de farinha de milho refinada com farelo de milho adicionado.

Num novo estudo, publicado em junho no The Journal of Nutrition, os participantes com níveis de colesterol superiores aos níveis normais consumiram estas farinhas diariamente durante quatro semanas, incorporadas em muffins e pão pita.

As farinhas de milho integrais e refinadas apresentaram pouco efeito. Por sua vez, a mistura de farinha de milho refinada e farelo de milho apresentaram melhores resultados tendo reduzido o colesterol LDL numa média de 5% e, em alguns participantes, ainda atingiu os 13%.

A troca da farinha tradicional por uma alternativa à base de milho nos alimentos do dia a dia é uma estratégia que permite a redução de diversos problemas cardiovasculares sem ter de fazer grandes alterações dietéticas ou medicação.

“As pessoas pensam frequentemente que as mudanças na dieta têm de ser robustas e significativas para terem um impacto real na saúde cardiovascular e na regulação metabólica, mas não é esse o caso”, explica a autora principal do estudo, Corrie Whisner.

Ao combinar a farinha de milho refinada com o farelo de milho, os investigadores criaram uma farinha que não só é saudável para o coração, como também é mais saborosa do que as alternativas de cereais integrais.

Além disso, os investigadores também analisaram os efeitos destas farinhas nas bactérias intestinais e, apesar das alterações nas bactérias intestinais serem mínimas, houve um ligeiro aumento de uma bactéria benéfica denominada Agathobaculum nas pessoas que consumiam farinha de milho integral.

Esta descoberta sugere uma nova forma de criar produtos saudáveis sem retirar o seu sabor ou textura, oferece uma mudança simples na dieta e apresenta uma nova ferramenta contra o colesterol elevado e as doenças cardíacas.

Por fim, a equipa de cientistas refere que a incorporação desta mistura de farinha de milho deve fazer parte de uma abordagem mais alargada à saúde do coração, incluindo uma dieta equilibrada e exercício físico regular.

Soraia Ferreira, ZAP //

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