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Moscovo acusa Washington de treinar jihadistas na Síria

theglobalpanorama / Flickr

A Rússia acusou, este sábado, os Estados Unidos de treinarem centenas de jihadistas perto de um campo de refugiados na cidade de Al Hasaka, noroeste da Síria, para lançar uma nova contraofensiva contra o Estado sírio.

“Sob o comando de instrutores norte-americanos das forças operacionais especiais está-se a criar uma nova unidade chamada ‘Novo Exército Sírio’ a partir de grupos de terroristas dispersos”, informou o Centro para a Reconciliação da Síria russo num comunicado.

A nota oficial sublinha que o referido centro de treino se situa nas imediações do campo de refugiados que está a 20 quilómetros a noroeste da cidade de Al Shadadi, em Hasaka.

“Segundo os testemunhos de refugiados que regressaram a casa, os instrutores norte-americanos anunciaram que quando estiverem concluídos os treinos as unidades serão dispersas no sul da Síria para lutar contra as forças governamentais“, adianta.

Os refugiados asseguram que o referido centro funciona há mais de meio ano e é utilizado pela coligação internacional liderada por Washington “como base de treino para terroristas que chegam de diferentes partes da Síria”.

“Atualmente nos arredores do campo de refugiados estão concentrados cerca de 750 terroristas” procedentes de várias zonas da Síria, refere a nota.

Depois de ter proclamado a “derrota completa” do Estado Islâmico na Síria, o Presidente russo, Vladimir Putin, visitou na última segunda-feira pela primeira vez a base aérea russa naquele país árabe.

Hoje, o secretário de Defesa norte-americano, Jim Mattis, também alertou para voos perigosos de caças russos sobre o que é considerada uma zona segurança na Síria, questionando-se sobre se o incidente foi um erro de voo ou deliberado.

Mattis disse aos jornalistas que os EUA e a Rússia ainda estão a usar uma linha telefónica para coordenar os voos sobre o movimentado céu sírio, já que a coligação liderada pelos americanos pretende eliminar os militantes remanescentes do grupo terrorista.

Dois caças russos Su-25 voaram através de uma linha não oficial que separa as forças aéreas russas e norte-americanas no leste da Síria, na quarta-feira, chegando perigosamente perto de aeronaves dos Estados Unidos.

Os aviões de combate F-22 da Força Aérea dos EUA, em resposta a esta ação, lançaram avisos de advertência. Jim Mattis declarou que não espera perfeição nos voos, mas também não quer manobras perigosas.

O secretário da Defesa afirmou que não está claro se este incidente foi deliberado ou um erro, um voo desleixado.

ZAP // Lusa

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