Na primeira semana de agosto morreram mais 512 pessoas com idade igual ou superior a 75 anos, por comparação com o valor registado no ano passado. A mortalidade nesta faixa etária aumentou 41,7% face a 2017.
A notícia é avançada esta quarta-feira pelo Correio da Manhã, que cita dados disponibilizados pela plataforma Vigilância de Mortalidade, do Ministério da Saúde. Durante o dia de ontem, até às 20 horas, tinham morrido 246 pessoas. Mais de metade dos óbitos (181) dizia respeito a pessoas que completaram 75 ou mais anos.
O aumento súbito registado na taxa de mortalidade poderá estar relacionado com as temperaturas recorde que se fizeram sentir nos últimos dias no país.
“Julgo que tem muito a ver com a intensidade brutal de calor a que estivemos sujeitos, apesar de no ano passado também termos tido um verão muito quente”, explicou Carlos Robalo Cordeiro, médico pneumologista, em declarações ao matutino. O médico ressalva, no entanto, que a populaça portuguesa “é muito envelhecida”.
Desde o início do mês, registaram-se 2344 mortes em todas as faixas etárias. Em 2017, no mesmo período, morreram 1771 pessoas, enquanto em 2016 foram 1880.
Um novo estudo, publicado na passada terça-feira na revista Plos Medicine, alertava que a mortalidade provocada pelas ondas de calor vai aumentar de forma drástica em muitos locais do planeta, devido às alterações climáticas.