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Morreu Simone Veil, primeira mulher a presidir ao Parlamento Europeu

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european_parliament / Flickr

Simone Veil, primeira mulher a presidir o Parlamento Europeu

Simone Veil, primeira mulher a presidir o Parlamento Europeu

A primeira mulher a presidir ao Parlamento Europeu, a francesa Simone Veil, morreu esta sexta-feira, aos 89 anos de idade.

A antiga ministra Simone Veil, autora da lei de legalização da interrupção voluntária da gravidez em França e primeira presidente do Parlamento Europeu (1979-1982), morreu hoje, anunciou à agência France-Presse o seu filho.

“A minha mãe morreu esta manhã em casa. Ia fazer 90 anos no próximo dia 13 de julho”, disse Jean Veil.

Figura maior da vida política francesa, académica, Simone Veil escapou aos campos da morte durante a II Guerra Mundial e incarnava para os franceses a memória do holocausto judeu. Foi deportada com 16 anos para Auschwitz e, juntamente com a sua irmã, foram os únicos membros da família que não morreram no campo de concentração.

Em 1945, ingressa no curso de Direito em Paris, onde conhece Antoine Veil, com quem casou a 26 de outubro de 1946. O casal teve três filhos. Em 1974, Simone Veil é nomeada Ministra da Saúde no Governo liderado por Jacques Chirac, cargo que mantém nos Governos seguintes de Raymond Barre, até Julho de 1979.

Enquanto responsável pela pasta da Saúde, facilitou o acesso a métodos contracetivos e elaborou a lei de legalização da interrupção voluntária da gravidez em França, que entra em vigor a 17 de Janeiro de 1975.

Em julho de 1979, abandona o Governo francês para liderar, a pedido de Valéry Giscard d’Estaing, a lista do partido UDF às eleições ao Parlamento Europeu, onde será eleita como presidente. Foi a primeira mulher a presidir este organismo.

Em março de 1993, é nomeada Ministra de Estado, Ministra dos Assuntos Sociais e da Cidade no governo de Édouard Balladur, cargo que desempenhou até julho de 1995. Em 1998, foi nomeada membro do Conselho Constitucional de França, no qual permaneceu até 2007, ano em que terminou o seu mandato.

ZAP // Lusa

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