Morreu Robert Frank, um dos fotógrafos mais influentes e revolucionários de sempre

Walter Bieri / EPA

O suíço-americano Robert Frank morreu esta segunda-feira com 94 anos de idade no Canadá, onde vivia há vários anos. Foi um dos fotógrafos mais influentes e revolucionários de sempre.

Autor de um dos livros de fotografias mais famosos de sempre, “The Americans”, é conhecido pelos seus retratos crus a preto e branco, retratando o quotidiano de pessoas comuns. A morte do artista foi anunciada por Peter MacGill, da Pace-MacGill Gallery, que representava Frank.

Capaz de incutir a sua arte num retrato espontâneo em movimento, Robert Frank serviu de influência para muitos fotógrafos, como Jeff Wall, Mary Ellen Mark e Ed Ruscha.

Em “The Americans”, altamente aclamado pela crítica, Frank disse que estava cansado do romantismo e que queria apenas apresentar o que via, “o puro e simples”. Com 83 fotografias, todas elas a preto e branco, o músico Sean O’Hagan, citado pelo The Guardian, descreveu a obra como “o abismo entre o sonho americano e a realidade quotidiana”.

No entanto, a crítica de então não foi branda com Frank e desprezou o seu desleixo nas fotografias. A revista Popular Photography disse que Robert Frank era “um homem sem alegria que odeia o país que o acolheu”. Naturalmente, muitos americanos não ficaram agradados com o retrato insosso de Frank, mas aos poucos, foi ganhando o seu reconhecimento.

Nascido na Suíça, com apenas 23 anos de idade emigrou para Nova Iorque à procura de um refúgio artístico. Vivia na Nova Escócia, no Canadá, com a sua mulher, June Leaf.

ZAP //

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