Jean-Christophe Bott / EPA
Morreu um dos jovens infetados com peste bubónica, também conhecida como peste negra, na Mongólia. O rapaz contraiu a doença depois de ter comido carne de marmota.
Um jovem de 15 anos morreu, esta segunda-feira, vítima de peste bubónica, tradicionalmente chamada de “peste negra”, na Mongólia. Segundo o Centro Nacional de Doenças Zoonóticas (NCZD), o adolescente da província ocidental de Govi-Altai ficou infetado por ter comido carne de marmota.
Depois de se ter sentido mal no domingo, o jovem tornou-se um caso confirmado da doença e terá morrido quando estava a ser transportado para um hospital.
“O resultado de um teste de reação em cadeia da polimerase (PCR) revelou, na noite de segunda-feira, que a peste bubónica causou a morte de um rapaz de 15 anos”, disse Dorj Narangerel, porta-voz do Ministério da Saúde, citado pelo Observador.
O jovem terá ingerido carne de marmota com outros dois amigos três dias antes da morte. As marmotas são animais portadores de pulgas infetadas com a bactéria yersinia pestis, que causa a peste bubónica e a pneumónica. Os dois amigos e 15 outras pessoas com quem o jovem esteve em contacto estão agora em isolamento.
Esta doença é, normalmente, transmitida entre animais, mas os humanos também podem ser infetados por picadas de pulgas ou simplesmente por estarem em contacto com animais infetados. Não existe vacina para esta doença bacteriana.
Entre os sintomas mais comuns da doença encontram a febre alta, nódulos inchados e sensação de fraqueza. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), um adulto pode morrer de peste bubónica em menos de 24 horas se não for tratado com vários tipos de antibióticos.
Nos últimos meses, foram registados vários casos de peste bubónica na Mongólia e regiões adjacentes na China. Depois de um pastor local ter testado positivo, a cidade de Bayannur, na região autónoma da Mongólia Interior, emitiu um alerta de saúde de nível 3, o segundo mais baixo na escala do país.
Apesar de as autoridades terem banido a caça de animais, morre, pelo menos, uma pessoa de peste na Mongólia todos os anos.
