Especialistas preveem que a mortalidade por covid-19 se agrave nos próximos tempos. Carlos Antunes antecipa que vão morrer mais 10 mil portugueses até meados de março.
Carlos Antunes faz parte da equipa da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que está a fazer a modelação da pandemia de covid-19. Os números são chocantes e os óbitos “a parte triste dos números”, considera o especialista em declarações ao DN.
O modelo matemático desenvolvido por esta equipa procura prever a evolução da pandemia, de forma a munir os órgãos de poder com a informação necessária para poder combater a doença. Carlos Antunes avisa que, neste momento, a realidade está a antecipar-se aos modelos.
Para esta data, a equipa previa um valor médio de óbitos diários de 176. Porém, esta terça-feira, Portugal contabilizou 218 mortes, um novo máximo de óbitos em 24 horas. A barreira dos 200 óbitos só estava prevista ser quebrada em fevereiro.
“Os especialistas não têm duvida de que [a nova variante] se irá tornar dominante em relação à que já circula, e se agora não estamos a conseguir dominar o contágio, nessa altura vamos ter muito mais dificuldade, pois é sabido que a velocidade com que se propaga é muito maior”, disse Carlos Antunes.
Quanto ao debate relativamente ao eventual fecho das escolas, o especialista considera que, na dúvida, “o melhor é ficar em casa”.
“Exemplos não faltam na Europa sobre o que se deve fazer quando se atinge um teto diário de dez mil casos: confinamento total e testagem massiva para se apanhar os assintomáticos”, disse ainda, dando como exemplos de sucesso da Dinamarca e da Irlanda.
“Entristece-me que nem nas reuniões do Infarmed, nem nas medidas do Conselho de Ministros se tenha falado em reforçar as equipas de rastreio e de pandemia. Reforçámos o policiamento na rua, mas isso não permite apanhar os infetados”, lamentou.
O modelo matemático revela que os níveis de mortalidade deverão continuar nos próximos tempos, prevendo-se que o número de óbitos chegue aos 20 mil em meados de março.
Assim, nos próximos dois meses deverão morrer mais pessoas das que morreram até agora desde o início da pandemia. Deverão morrer mais dez mil portugueses até março.
“O teto para a projeção dos óbitos estava num valor valor médio de 224 por dia. Na segunda-feira, a previsão indicava que seria de 200 óbitos a partir de 24 de janeiro, e isso já foi ultrapassado”, explicou Carlos Antunes.
O cenário agrava-se tendo em conta que se preveem 6.500 internamentos hospitalares, 800 dos quais em unidades de cuidados intensivos.
À TSF, a presidente da Associação Portuguesa de Epidemiologia, Elisabete Ramos, também antecipa que Portugal deve ficar vários dias acima do patamar das duzentas mortes diárias por covid-19.
“Neste momento ainda é expectável que os números continuem a subir pois não temos nenhuma indicação de que vão começar a descer”, atirou, salientando que a boa notícia é que “há alguma indicação de que pode ter começado a reduzir a velocidade com que crescem os novos casos de infeção”
Covid-19 não explica metade do excesso de mortos
O Sistema de Informação dos Certificados de Óbito (SICO) da Direção-Geral da Saúde (DGS) refere, no entanto, que as mortes por covid-19 apenas explicam metade das mortes em excesso da última semana.
Na semana de 11 a 17 de janeiro, o SICO identificou um excesso de mortalidade de 2.151 pessoas. O indicador é calculado subtraindo a mortalidade esperada para um ano considerado ‘normal’ tendo em conta a média de anos anteriores. Segundo as contas da TSF, dessas mortes, apenas 1.058 foram causadas pela covid-19.
Elisabete Ramos recorda que já vimos isto em 2020, “um excesso de mortalidade em que nem tudo se explicava pela covid-19, sendo muito provável que nestas primeiras semanas de 2021 a tendência continue”.
A razão para este excesso de mortalidade pode estar relacionada com as temperaturas muito baixas registadas recentemente. Outra das possíveis razões é o descurar de outras necessidades de saúde devido à concentração de meios no combate à pandemia.
A presidente da Associação Portuguesa de Epidemiologia diz que é “muito provável que, nas circunstâncias das últimas duas semanas, haja mais mortalidade, não só por covid-19 mas também por outras patologias”.
O SNS está em rutura plena e graças a quem? Aos governantes e aos portugueses que não querem saber. É lamentável o que nos está a acontecer e o que vem aí porque os governantes continuam a olhar para o lado.
Pessoas com Covid após 10 dias em isolamento e sem sintomas são enviadas p/ o mundo do trabalhar e fazer vida normal sem fazer novo teste? Um virus normal pode ficar ativo até pelo menos 1 mês, este certamente que é muito mais feroz e mortal pode ficar mt mais tempo. Isto são medidas corretas? Nãooo e depois vem a Ministra da suade pedir ajuda? Voçês não são gente, não podem ser, ao tomar atitudes deste género.
Acham que o virus vai parar? Nãooo, é mt mais inteligente do quem está frente nosso pais.
O governo e o presidente andam às aranhas a querer agradar a gregos e a troianos simultaneamente e os portuguese é que pagam! Qual foi a razão de deixarem as pessoas reunirem-se à vontade no Natal? serem simpáticos para a igreja e para as famílias que agora vão votar? Saiu-lhes o tiro pela culatra porque agora têm nos braços milhares de mortos! Estão à espera de fechar as escolas porquê? Para que professores, auxiliares e alunos também fiquem infectados? Deixam os familiares irem visitar os seus velhinhos aos lares, quando ainda não estão vacinados porquê? Mais uma vez deve ser para ganharem mais uns votos. A alemanha comprou vacinas directamente aos laboratórios mas nós não! PORQUÊ??? Porque temos de enterrar o dinheiro na porcaria da TAP que sempre deu prejuízo e mais algum para emprestar ao fundo de resolução para enterrar também no BES. E os portugueses que se lixem e morram à vontade pois nem pessoal médico em quantidade temos, porque, como não eram piegas, foram-se embora para o estrangeiro! A política em Portugal está um lamaçal e só uma mudança radical destes velhos hábitos poderá mudar alguma coisa.
O PR e o PM já conseguiram matar mais portugueses com o Covid e as tais “medidas”, em menos de 13 meses, do que a guerra colonial em 13 anos!