A Moody’s considerou que a perda da maioria absoluta no parlamento português, na sequência das eleições legislativas de domingo, “vai complicar a implementação de mais medidas estruturais” no país.
A coligação formada por PSD e CDS-PP, designada Portugal à Frente, venceu com 38,55% dos votos (o que representa 104 deputados), tendo perdido a maioria absoluta, e o PS foi o segundo partido mais votado, com 32,38% (85 deputados), estando ainda por atribuir quatro assentos na futura Assembleia da República, referentes aos círculos da emigração.
Num relatório enviado às redações esta terça-feira, a agência de rating escreve que, “ainda que seja expectável que a reeleição do Governo garanta o foco na consolidação orçamental“, a perda da maioria absoluta no parlamento por parte do PSD e do CDS-PP, “provavelmente vai complicar a implementação de mais medidas estruturais”.
Considerando que, “apesar de o líder do PS ter aberto a porta a dar apoio ao Governo caso a caso para garantir a estabilidade política do país, não é claro se o Governo e o PS vão conseguir chegar a acordo para uma reforma do sistema de pensões“, que o atual executivo já disse que quer continuar em 2016.
Para a Moody’s, esta reforma “seria uma medida significativa e positiva”, tanto pelo impacto orçamental como por ser “um sinal” de que as autoridades portuguesas continuam comprometidas com as reformas e com a consolidação orçamental.
A agência de notação financeira considera que “o primeiro teste” do novo Governo vai ser a apresentação e a aprovação do Orçamento do Estado de 2016 e duvida das metas orçamentais com que Portugal se comprometeu este ano e no próximo, de reduzir o défice para os 2,7% em 2015 e para os 1,8% em 2016.
“Acreditamos que a recuperação cíclica da economia portuguesa não vai ser suficientemente forte para alcançar o objetivo de 2016 e esperamos um défice acima de 2,8% do PIB”, escreve a organização.
A Moody’s destaca a intenção do Governo de eliminar a sobretaxa de 3,5% em sede de IRS (Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares) no próximo ano e de reverter totalmente os cortes salariais impostos à administração pública, o que agravaria as contas públicas, e alerta que “continua por se saber se as amplas reformas estruturais (…) vão dar frutos na forma de um maior crescimento” económico.
A agência escreve ainda que tanto o elevado endividamento das empresas como a fraqueza do setor bancário “continuam a pesar nas perspetivas económicas da Moody’s”, antecipando um crescimento de 1,7% este ano e de 1,8% no próximo.
O Governo prevê que a economia cresça 1,6% em 2015 e que acelere o ritmo de crescimento no próximo ano para os 2%.
/Lusa
grandes democratas que não aceitam nunca os votos e a vontade do povo, querem roubar sempre e sempre mais
E eu alerto a Moody’s que, fazem bem ir a merda todos juntos… ou em separado!!!! Farta dessa gentalha… que tudo dizem e nada fazem pelo Mundo Global…
““vai complicar a implementação de mais medidas estruturais” no país” – ou seja, vai dificultar a destruição, que já estava em curso, de Portugal.
O que deviam mudar mesmo, não têm eles coragem!!!!! Paga POVO!
“Moody’s alerta”?!
Não eram esses indivíduos que atribuíam triple A (AAA) ao Lehman Brothers, e este, de um dia para o outro “desapareceu”?!
Bem me parecia!…
Ou seja, a capacidade dessa gente é pelo menos, inferior à média, logo, os alertas deles valem pouco mais do que ZERO!!!
É necessário saber do que se fala.
As agências de rating são fontes de informação que resulta da avaliação de risco (países ou empresas) utilizadas por investidores de todo o mundo antes de emprestarem dinheiro! A questão é que ninguém à “anteriori” consegue saber se as contas, mesmo que auditadas, estão marteladas por vígaros que enganam tudo e todos, até a própria família!