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Montenegro ganha pouco (comparativamente aos outros primeiros-ministros)

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Filipe Amorim / Lusa

O primeiro-ministro, Luís Montenegro.

Primeiro-ministro tem o oitavo salário mais baixo entre os chefes de governo de 30 países europeus: ganha 345% do salário médio português.

O salário do primeiro-ministro Luís Montenegro é o oitavo mais baixo entre os líderes de governo de 30 países europeus, incluindo os da União Europeia, Reino Unido, Noruega, Islândia e Suíça.

Segundo análise do JN aos dados do Instituto +Liberdade, o ordenado bruto anual do primeiro-ministro ronda os 82 mil euros, representando apenas dois terços da média dos estados analisados. Este valor corresponde a cerca de 345% do salário médio em Portugal, colocando-o acima de países como Itália, mas muito aquém da Suíça, onde o rendimento de um líder de governo atinge os 255 mil euros anuais.

A discrepância entre os salários dos líderes políticos e os do setor privado em Portugal é evidente. Por exemplo, um diretor-executivo de uma grande empresa nacional aufere, em média, mais de 90 mil euros por mês, enquanto um administrador-executivo destas empresas recebe cerca de 50 mil euros mensais.

Qualidade e responsabilidade contam

A questão dos salários na política está associada à qualidade da classe política. Diz ao JN André Pinção Lucas, diretor do Instituto +Liberdade, que é difícil atrair profissionais altamente qualificados do setor privado para cargos políticos devido à combinação de baixos rendimentos e exposição pública intensa.

Apesar de ser uma ideia “impopular”, argumenta-se que os líderes políticos portugueses estão sub-remunerados face às responsabilidades e exigências dos seus cargos.

A discussão sobre salários políticos ganhou força com episódios recentes, como a recusa de Hélder Rosalino em assumir o cargo de secretário-geral do Governo devido à remuneração reduzida de 15 mil euros anuais.

ZAP //

2 Comments

  1. Os portugueses ganham pouco comparativamente a outros países europeus, o PM e outros da mesma classe deviam antes de mais ter orgulho em estar onde estão… comparar o degredo do público com o privado é para rir, quem paga os erros e “ajudas a amigos e outros” são os contribuintes. Tal como um director de uma empresa nacional receber algumas 100 a 200 vezes mais que um trabalhador é indicio de país de terceiro mundo. Agora até na saúde já é para ir ao privado…

  2. A política em Portugal não serve para ganhar dinheiro durante o mandato, mas de trampolim para os altos cargos, aí sim, muito bem remunerados, que conseguem à posteriori, para eles e amigos.
    Peguem em qualquer ex político e vejam onde está, com muito raras excepções!

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