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Montenegro denuncia irregularidades na atualização de dados de militantes do PSD

Mário Cruz / Lusa

O ex-líder parlamentar do Partido Social Democrata (PSD), Luís Montenegro

A campanha de Luís Monenegro acusa o PSD de irregularidades no processo de atualização de dados de militantes e já pediu a intervenção do presidente do Conselho de Jurisdição, através de um requerimento apresentado esta sexta-feira.

Em declarações ao Observador, o diretor da campanha, Pedro Alves, denunciou que “os primeiros cadernos eleitorais” que lhes foram disponibilizados têm “menos 50 mil militantes” do que o suposto.

“Foi uma falha que fomos nós que detetámos e, caso não tivéssemos feito esta denúncia, certamente que estaríamos a trabalhar no erro. Não sei se as outras candidaturas tiveram acesso a cadernos iguais ou se havia cadernos diferentes para umas candidaturas e para outras.”

Para Pedro Alves, as vozes dos militantes do PSD estão a ser silenciadas. “Não estamos a perceber o porquê do arrastar permanentemente o processo eleitoral em questões de natureza administrativa.” O diretor de campanha de Luís Montenegro frisa também que apoiantes do partido com as quotas em dia podem ser prejudicados por falhas de uma nova plataforma utilizada pelo partido.

“Não podendo nós acompanhar de forma próxima todo o processo, solicitamos ao Presidente do Conselho de Jurisdição que participe em todos os atos e ao Conselho de Jurisdição que acompanhe ou tome a iniciativa de encontrar uma forma de auditar melhor estes processos”, adiantou ao Observador.

Por outro lado, o secretário-geral adjunto do PSD, explicou que o erro informático aconteceu há três semanas e não se deu apenas com a candidatura de Luís Montenegro. “Também na candidatura do Rui Rio foram enviadas listagens que tinham um erro na extração informática”, explicou Hugo Carneiro.

O responsável do processo eleitoral do PSD salientou ainda ao Observador que tudo “está a decorrer com as regras que foram aprovadas pelo Conselho Nacional há várias semanas” e que estas regras “são iguais para todas as candidaturas”.

Para Hugo Carneiro, “a questão não existe” e as acusações só podem ser compreendidas “da perspetiva do diálogo entre as candidaturas, do debate interno”.

ZAP //

 

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