Carlos Moedas, candidato à Câmara Municipal de Lisboa pelo PSD, garante que, caso seja eleito, vai dar uma maior transparência às regras urbanísticas na capital. O social-democrata criticou ainda a falta de liderança de Fernando Medina, acusando-o de ser um “delfim do primeiro-ministro”.
Em entrevista à rádio Renascença, Carlos Moedas considera que as atuais regras urbanísticas “não são transparentes”, o que “deixa aos políticos margem para decisão”.
Nesse sentido, o candidato dos “laranjas” defende que é imperativo ir ao Plano Diretor Municipal “e aplicar as regras e dizer às pessoas com o que podem contar” para que os cidadãos saibam que se respeitarem “determinados parâmetros” os projetos são aprovados.
“O que acontece em Lisboa é que também existe o prazo, só que no dia 34 antes de chegar ao fim do prazo pedem mais um papel, o que dá mais 30 dias e, depois, mais 30 dias e, portanto, as pessoas esperam anos” crítica.
O antigo comissário europeu considera ainda que há uma “grande falta de liderança do Fernando Medina” no que toca à coordenação na área metropolitana de Lisboa, criticando ainda o facto de a capital depender em larga medida do turismo.
“Lisboa não pode ter apenas um foco. Se só dependemos do turismo, então quando acontece um fenómeno como a pandemia sofremos muito mais”, aponta, acrescentando que a capital vai agora “precisar de medidas muito concretas para o turismo”.
O candidato considera ainda que é fulcral dar atenção às necessidades dos lisboetas e diz que o programa “Renda acessível” da Câmara Municipal de Lisboa não tem funcionado.
“A promessa de Fernando Medina, que eram 6.000 fogos de renda acessível, não existiu, simplesmente. Foram 300 fogos que foram entregues e, agora antes das eleições, estão a fazer um esforço muito grande, mas a promessa não foi cumprida”.
Criticou ainda a prestação do atual Presidente no que toca à mobilidade. “Medina afirmou que íamos ter os chamados parques dissuasores, mas mais de 4.000 lugares nunca aconteceram, porque falta coordenação com os concelhos limítrofes”, afirmou.
Numa onde de críticas à atual governação lisboeta, Moedas reitera que seria melhor ter um presidente da Câmara de um partido diferente do partido do Governo, lamentando ainda que Medina seja um “delfim do primeiro-ministro que tem ambições nacionais”.
Sobre a estrutura da autarquia da capital, Moedas mostra já ter muito conhecimento daquilo que pode encontrar, referindo que já conversou com vários funcionários. “Falei com os trabalhadores da Câmara Municipal de Lisboa e eles estão desmotivados“, admitiu.
Atualmente, Moedas encabeça a lista de uma coligação chamada “Novos Tempos”, que congrega o PSD, o CDS, o PPM, a Aliança e o MPT.
Porém, não chegou exatamente a congregar todas as direitas: a Iniciativa liberal ficou de fora e o Chega também não faz parte.
“Não penso que o Chega se identifique com a maneira como vejo uma cidade, mas também com o que penso que um país deve ser: inclusivo, com diversidade, com pessoas de diferentes religiões, com essa tolerância”.
M&M’s, o duo que não derrete nas mãos…
Que dois… e este ainda é mais totó que o Medina!…