O módulo de alunagem da missão não tripulada da Índia à Lua separou-se esta segunda-feira da nave orbital, ficando a cerca de 100 quilómetros da superfície lunar, onde se espera que aterre no dia 7 deste mês.
A agência espacial indiana afirmou que todos os sistemas da missão Chandrayaan-2 estão a trabalhar sem problemas depois da manobra que separou o módulo de alunagem do topo da nave, que partiu do sul da Índia a 22 de julho.
Numa missão com um custo equivalente a cerca de 130 milhões de euros, a primeira alunagem de uma missão indiana deverá acontecer num terreno plano para estudar depósitos de água detetados em 2008 pela Chandrayaan-1, que se ficou pela órbita lunar.
O diretor da Organização de Investigação Espacial Indiana, K. Sivan, descreveu a alunagem como “15 minutos aterradores”, aludindo à complexidade técnica da operação.
Depois dos Estados Unidos, Rússia e China, a Índia, que quer mandar humanos para o espaço em 2022, será o quarto país a conseguir aterrar na Lua.
Os Estados Unidos, que assinalam este ano o 50º aniversário da missão que levou Neil Armstrong e Buzz Aldrin à Lua, estão a preparar uma nave espacial tripulada que deverá ser enviada ao polo sul da superfície lunar até 2024.
A primeira missão da Índia à Lua foi realizada em 2008 e, entre 2013 e 2014, o país colocou um satélite em órbita ao redor de Marte, tendo esta sido a sua primeira missão interplanetária. O primeiro-ministro da India, Narendra Modi, disse que o país demonstrou a sua capacidade como potência espacial quando testou com sucesso uma arma antissatélite, em março passado.
Num país em que 1,3 mil milhões de pessoas são pobres e que tem uma das maiores taxas de mortalidade infantil, há quem questione milhões investidos na missão.
ZAP // Lusa