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Mistério em Cantanhede: funeral ia arrancar, mas o corpo era diferente

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Cemitério de Cadima, Cantanhede, Coimbra.

Ainda com a roupa e fora da urna, ossadas de mulher foram encontradas numa campa durante um funeral no distrito de Coimbra. “Foi um choque para todos”, confessa o presidente da junta de freguesia.

É um corpo misterioso e levantou, na passada quarta-feira, muita intriga na cidade de Cantanhede, no distrito de Coimbra.

Quando o coveiro se preparava para abrir a tampa de mármore de uma sepultura no cemitério de Cadima para se realizar o funeral de um idoso, a família deste último ficou chocada ao encontrar um corpo, ainda vestido, de origem desconhecida.

“Ao retirarmos a pedra que cobria a campa vimos logo o corpo em cima da terra. Eram ossadas mas tinham a roupa”, conta Tiago Grilo, um familiar do homem que foi sepultado, ao Correio da Manhã.

O presidente da junta de freguesia, indignado, já falou sobre o insólito caso.

O cadáver deverá estar sepultado há dezenas de anos, admite Carlos Gregório, e pode ter sido depositadas inadvertidamente na campa em que agora foi encontrado, que estava livre, depois de ser retirado de outra campa pelo próprio coveiro e colocado naquele local para voltar a ser enterrado.

“Supomos que se tenha tratado de uma transladação não oficial, efetuada por um anterior colaborador nosso. Mas nem sequer conseguimos confirmar esta versão, uma vez que ele já não trabalha para nós e o número de telefone dele não está ativo”, adiantou ao JN Carlos Gregório, que considera o episódio “muito grave” e admite que “nunca tinha acontecido”. “Foi um choque para todos”, confessa.

“Achamos mesmo que se tratou de um caso de mau profissionalismo. Provavelmente, foi abrir uma campa e aquelas ossadas estavam a impedir o funeral. E ele colocou-as nesta, pensando talvez que não seria aberta tão cedo. Mas não conseguimos confirmar se foi isso, nem quando aconteceu”, explicou o autarca.

A GNR foi chamada ao local e o caso comunicado à Polícia Judiciária, mas não há indícios de crime.

ZAP //

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