Ministro garante autonomia e recursos à nova direção do SNS. Mas “nada disto desresponsabiliza o Governo”

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Mário Cruz / Lusa

O candidato do Partido Socialista (PS) à Câmara Municipal do Porto, Manuel Pizarro

O novo ministro da Saúde, Manuel Pizarro, prometeu autonomia e “meios adequados” à nova direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que começará a trabalhar em pleno a 01 de janeiro de 2023, com a entrada em vigor do próximo Orçamento do Estado.

O diretor-executivo do SNS deve começar a 01 de outubro, primeiro dia do mês seguinte à publicação do decreto que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou na sexta-feira.

A promulgação é uma “boa notícia”, que “permite operacionalizar a direção executiva do SNS”, disse Pizarro no Palácio de Belém, à saída da posse dos novos secretários de Estado, citado pelo Expresso.

Sobre o diretor-executivo do SNS, não confirmando a escolha de Fernando Araújo, indicando apenas: “como sempre afirmamos, não iríamos pôr o carro à frente dos bois. Vamos trabalhar nos próximos dias para encontrar um diretor-executivo e uma equipa de gestão”.

“Faremos um esforço para encontrar a melhor pessoa possível para diretor-executivo e a melhor equipa de gestão possível, porque queremos que essa direção executiva tenha uma enorme autonomia do ponto de vista técnico e operacional. E nada disto desresponsabiliza o Governo e o Ministério da Saúde, que é responsável por garantir os meios e definir as orientações gerais da política de saúde”, garantiu Pizarro.

“A ideia é que a equipa de gestão do SNS , o diretor-executivo e a equipa que o apoia, possa melhorar o funcionamento em rede dos serviços. Não apenas o funcionamento em rede no plano horizontal – quando falamos do conjunto dos cuidados de saúde primários e do conjunto dos hospitais – mas também da articulação das diferentes redes: a rede dos cuidados de saúde primários, a rede hospitalar, a rede de emergência médica, os cuidados continuados e os cuidados paliativos”, enunciou o ministro.

Pizarro disse ainda estar “concentrado nos resultados” e “garantir à direção executiva e ao diretor executivo os meios adequados” para os alcançar.

“Reconhecemos que há dificuldades e a nossa perspetiva é que o acesso e a satisfação das pessoas possa melhorar. Agora, com uma organização diferente, separando a condução técnica e operacional da condução política”, disse ainda.

2 Comments

  1. vai ser como em muitas outtras matérias…
    a partir de agora a culpa de tudo vai ser deste novo orgão e o governo desresponsabiliza-se de tudo como é o caso, por exemplo, das escolas ou dos centros de saúde cujas verbas entregues não chegam sequer para as despesas do dia a dia…

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