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“O Ministério da Saúde está completamente dominado pelo Ministério das Finanças”

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Inácio Rosa / Lusa

Ana Rita Cavaco, Bastonária da Ordem dos Enfermeiros

A Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, afirmou nesta segunda-feira que o Ministério da Saúde está “completamente dominado” pelo Ministério das Finanças e pela “questão do défice zero”. 

“O Ministério da Saúde está completamente dominado pelo Ministério das Finanças e pela questão do défice zero porque os enfermeiros são muitos. No Serviço Nacional de Saúde são cerca de 42 mil”, Ana Rita Cavaco, em entrevista ao Primeiro Jornal da SIC.

Fazendo um balanço dos 40 dias de greve e de protesto nos blocos operatórios dos enfermeiros, a bastonária considerou que o grande problema está no interlocutor dos representantes dos enfermeiros e que é o Ministério da Saúde.

“Tenho visto com grande preocupação que a senhora ministra do Mar, o senhor ministro da Administração Interna, a senhora ministra da Justiça (…) toda a gente negoceia com as classes profissionais e com os enfermeiros parece que há aqui um preconceito”, disse.

“Se olharmos para o conjunto das profissões, dentro e fora da Saúde, não há ninguém nas condições em que os enfermeiros estão. Hoje um enfermeiro com 15 dias de profissão, um com 20 anos e outro com 30 ganham exatamente a mesma coisa. 980 euros líquidos por mês”, sustentou Ana Rita Cavaco.

Questionada sobre o “preconceito” com os enfermeiros e confrontada com o facto da tutela estar a negociar com a classe, a bastonária disse que “essa negociação só pode existir quando do outro lado alguém quer oferecer alguma coisa, e aí que reside esse preconceito”.

Ana Rita Cavaco disse ainda que, para a Ordem dos Enfermeiros, “a categoria de especialista é prioritária“. A greve dos enfermeiros terminou nesta segunda-feira, mas há mais pré-avisos já para janeiro.

ZAP //

2 Comments

  1. … quem for sego que o compre.
    Parece impossível como um país depende de toda a vontade de um só individuo. Hitler era exatamente a mesma coisa e consegui impor a sua vontade a um país como a Alemanha.

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