As minas abandonadas podem ser aproveitadas para a criação de pilhas gigantes que têm capacidade para gerar energia suficiente para alimentar o mundo inteiro.
Um novo estudo publicado na Energies sugere uma solução inusitada para conseguirmos armazenar a energia excessiva produzida pelas fontes renováveis, como o sol ou o vento — minas abandonadas.
A pesquisa propõe que as minas que já não estão a ser usadas possam ser reutilizadas para operarem como “pilhas de gravidade” em que a energia em excesso ajuda a levantar objetos pesados, como areia.
Quando a energia é necessária outra vez, o peso é largado, fazendo uma turbina girar e convertendo a energia cinética da gravidade novamente em eletricidade. Esta energia guardada pode depois ser usada quando há um maior consumo
Uma das maiores vantagens deste método é o facto de não ter os mesmos problemas de auto-descarga que as baterias tradicionais têm. A energia fica armazenada no potencial gravitacional do peso em si, enquanto que as pilhas à base de químicos perdem a sua carga naturalmente com o passar do tempo.
O que torna a ideia ainda mais atraente é o facto de já existirem milhões de minas abandonadas por todo o mundo que podem assim ser convertidas para este propósito de uma forma relativamente fácil e barata.
Os investigadores querem criar um novo tipo de pilha de gravidade que utiliza os elevadores nas minas abandonadas para levantar e baixar contentores cheios de areia, relata o ZME Science.
Um motor e um gerador elétricos de ambos os lados movem o elevador para cima e para baixo, gerando energia e consumindo parte desta para alimentar o sistema. As estimativas dos autores apontam para que a produção energética através deste método custe entre um e 10 dólares por kilowatt-hora para se converter a mina e mais 2000 dólares por killowatt de capacidade energética.
A nível global, isto pode traduzir-se em entre sete e 70 terawatt-horas, com a maioria deste potencial concentrado na China, Índia, Rússia e Estados Unidos — os países com mais minas abandonadas. Como termo de comparação, o consumo global de energia em 2021 rondou os 25 terawatt-horas.
Para além de todos estes benefícios, há mais um no plano socioeconómico — este método permitirá manter alguns dos postos de trabalho nas minas.
As baterias de gravidade usando materiais sólidos, como é o caso que aqui se propõe, são um disparate porque é necessário usar transmissões com variações de velocidade muito grandes e, como tal, com perdas e eficiências baixas. A internet está cheia de notícias e vídeos deste tipo, apresentando as baterias de gravidade como uma grande novidade e até já existem empresas promovendo a venda dos seus equipamentos. Mas continua a ser um disparate.
O que não é disparate nem novidade são as baterias de gravidade com líquidos, frequentemente com água. Desde há várias décadas que muitas das barragens portuguesas têm esse sistema instalado. Está estudado, é eficiente e sustentável. A “dead weight gravity batery” não é um sistema eficiente nem de realização prática. Façam contas primeiro antes de andarem a entupir a internet com disparates.
Onde está o meu comentário?
A seguir, uma máquina de movimento perpétuo. Enfim, a pilha de gravidade é um bom exercício de estilo, um conceito meio que artístico, porque de validade prática não têm nada. Mas a ilusão desta gente que escreve estas crônicas é ridícula. As minas são boa ideia, porque se mantém os postos de trabalho antigos? Como? Para quê? É pilha de gravidade ou é pilha de carne? Nem merece um reparo sério como o do Sr. Francisco.
A NET é uma fonte inesgotável de ilusões. Se a ignorância não fosse cada vez mais generalizada, estas tretas não passariam. Assim, até moeda os internautas criaram. E pior, houve quem tivesse comprado…