Investigadores da Universidade de Washington desenvolveram um robô inovador, chamado MilliMobile, que se alimenta de luz e ondas de rádio.
Com o tamanho aproximado de uma moeda e tão leve com um amendoim, o MilliMobile está equipado com um coletor de energia semelhante a um painel solar e consegue mover-se a uma taxa de 10 metros por hora — mesmo em condições de pouco luminosidade.
Uma das inovação do MilliMobile é a sua capacidade de funcionar em superfícies como alcatrão ou terra, transportando três vezes o seu próprio peso em equipamento, como câmaras e sensores.
Segundo a nota de imprensa publicada pela Universidade de Washington, o robô usa sensores de luz para se mover em direção a fontes de energia, o que lhe permitindo operar indefinidamente com a energia assim recolhida.
“O nosso trabalho cruza vários domínios para criar sensores robóticos que podem recolher dados em múltiplos pontos num determinado espaço à sua volta”, explica Zachary Englhardt, um dos investigadores envolvido na criação do robô.
“Essa abordagem permite a estes robôs terem uma visão mais detalhada do seu ambiente, seja numa quinta inteligente onde estejam a monitorizar a humidade do solo, ou numa fábrica onde possam estar à procura de ruído eletromagnético para encontrar avarias em equipamentos”, acrescenta.
O MilliMobile recorre a um conceito conhecido como “computação intermitente“, que divide programas complexos em tarefas mais simples — permitindo-lhe funcionar gradualmente, usando a energia disponível à medida que ela surge.
O design do robô também minimiza o seu tamanho e peso, tornando o movimento eficiente em termos de energia. O movimento ocorre em passos discretos, exigindo apenas pequenos impulsos de energia, de forma semelhante à que os animais usam para caminhar.
Durante os testes, o MilliMobile demonstrou a sua adaptabilidade em vários ambientes, como parques, quintas hidropónicas interiores e escritórios, tendo provado ser capaz de se mover mesmo em condições de baixa luminosidade, cumprindo tarefas que outros sensores podem ignorar ou ter dificuldade em realizar.
Agora, os investigadores querem dar o próximo passo: dotar os MilliMobile da capacidade de partilharem dados entre si… e colocá-los a funcionar em enxame.