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Militantes do Movimento 5 Estrelas apoiam Governo de coligação

Alessandro di Meo / EPA

Luigi di Maio, líder do Movimento 5 estrelas

O líder do 5 Estrelas, Luigi di Maio, tinha assegurado que não existiria coligação sem o consentimento maioritário dos militantes.

Os militantes do Movimento 5 Estrelas (M5S) votaram esta terça-feira, numa votação online, maioritariamente (79%) a favor da integração do seu movimento num Governo italiano de coligação com o Partido Democrático (PD) liderado pelo primeiro-ministro indigitado, Giuseppe Conte.

O líder do M5S, Luigi Di Maio, disse esta terça-feira que ao longo do dia votaram na plataforma online do partido cerca de 79 mil dos 117 mil militantes inscritos no M5S, tendo 79% respondido favoravelmente à participação do movimento no futuro Governo de coligação liderado por Conte.

Di Maio tinha assegurado que não existiria coligação sem o consentimento maioritário dos militantes, apresentando-lhes os 20 pontos que Conte apresentou, depois de reuniões prévias com ambos os partidos da aliança, para que eles pudessem decidir em consciência.

Fica assim resolvido o único obstáculo a um futuro acordo de coligação governamental, depois de Conte ter conseguido compatibilizar, no final de várias reuniões, as propostas programáticas do M5S (um partido antissistema) e do PD (centro-esquerda).

Os militantes responderam maioritariamente de forma favorável à seguinte pergunta, na plataforma de Internet “Rousseau”: “Concorda que o Movimento 5 Estrelas participe de um Governo, com o Partido Democrático, presidido por Giuseppe Conte?”, podendo apenas responder Sim ou Não.

O líder do M5S diz que esta foi uma vitória da transparência e da democracia referindo que os militantes se envolveram na discussão dos 20 pontos essenciais que Conte apresentou como condições para a formação do novo Governo.

Conte anunciou no domingo que tenciona apresentar uma equipa governativa até quarta-feira, para colocar fim a uma crise política desencadeada pela dissolução do anterior Governo, também liderado por si, após divergências entre os partidos que o integravam: M5S e o Partido Liga (extrema-direita).

ZAP // Lusa

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