O centro de Londres encheu-se este sábado de milhares de pessoas que se manifestaram por um segundo referendo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia. “Queremos ter a palavra sobre o ‘brexit’”, gritou-se.
Dois anos depois da primeira consulta na qual os britânicos aprovaram o ‘brexit’, este sábado milhares de pessoas desfilam no centro de Londres a pedir um segundo referendo.
Os manifestantes desfilam até à praça do Parlamento com bandeiras da UE e cartazes onde se pode ler “Ainda não saímos” ou “Queremos ter a palavra sobre o ‘brexit’”.
O objetivo é pedir ao governo e a todos os partidos políticos que permitam que os britânicos votem sobre se aceitam ou não o acordo sobre o ‘brexit’ que a primeira-ministra Theresa May fizer com o bloco comunitário.
O Reino Unido está na fase final das negociações com Bruxelas sobre a saída britânica.
A manifestação foi organizada pelo movimento The People’s Vote (O voto do povo) e conta com o apoio de figuras destacadas, entre as quais o líder do Partido Liberal Democrata (a terceira formação do país), Vince Cable.
Este movimento argumenta que a opinião pública está a voltar-se contra o ‘brexit’ à medida que os seus custos económicos se tornam mais claros. Segundo a agência Associated Press, o ‘brexit’ tem já um claro efeito na economia britânica, as famílias estão mais pobres, as empresas mais cautelosas e o mercado imobiliário arrefeceu.
No referendo de há dois anos, o ‘brexit’ foi aprovado por 53,4% dos britânicos contra 46,6%. O Reino Unido deverá abandonar a União a 29 de março de 2019, mas Londres e Bruxelas ainda não chegaram a acordo sobre a sua futura relação comercial ou sobre a fronteira entre as duas Irlandas.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Boris Johnson, insistiu este sábado numa saída “completa” da União Europeia (UE), num artigo publicado no jornal “The Sun”.
Johnson sinalizou que a população não irá tolerar uma retirada “suave” do bloco europeu – defendida por algumas camadas políticas – pois tal passaria uma imagem indefinida.
O chefe da diplomacia, que votou a favor do ‘brexit’ no referendo de há dois anos, disse que os britânicos querem que o Governo “cumpra o mandato público” com uma saída total da UE.
// Lusa
Ingleses sentem-se enganados pelos políticos.
E ainda não sentiram na economia, o desastre que o Brexit lhes vai provocar.
Isso é coisa certa e sabida, Carlos. O Brexit ou simplesmente não chega a acontecer ou o Reino Unido vai-se esbardalhar ao comprido e levará décadas a levantar-se.
Pessoalmente discordo. O primeiro passo no sentido da destruição da UE está dado. Mais países se seguirão e penso que brevemente haverá mais notícias. Vamos aguardar.
Pois, mas voltar atrás na decisão vai ser luxuosamente cobrado pela UE.
E bem!…