Uma petição lançada pela ONG Avaaz, em apoio ao apelo da ONU para um cessar-fogo mundial, devido à pandemia de covid-19, atingiu, esta quinta-feira, um milhão de assinaturas, numa altura em que os conflitos não diminuem.
No encontro diário com a imprensa, o porta-voz das Nações Unidas, Stephan Dujarric, congratulou-se com esta iniciativa. “Estamos muito felizes em ver a quantidade de pessoas que aderiram a esta petição. É importante colocar pressão nos combatentes”.
A petição online foi lançada a 30 de março e respondeu ao apelo lançado por António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, para um cessar-fogo mundial. Se em alguns países, como Filipinas, Camarões, Iémen ou Colômbia, os grupos armados mostraram-se prontos para cessar as hostilidades, a verdade é que não materializaram essas intenções.
“Infelizmente as hostilidades continuam na maior parte das zonas onde nos encontramos”, disse Laetitia Courtois, representante do Comité Internacional da Cruz Vermelha, junto da ONU. “Os combates continuam e os feridos continuam a chegar aos hospitais que têm o nosso apoio, por exemplo, no Sudão do Sul”, acrescentou.
Segundo Laetitia Courtois, o cessar-fogo permitiria aos agentes humanitários continuar a trabalhar em melhores condições e ter um impacto maior no momento da crise pandémica provocada pelo novo coronavírus.
No passado dia 24, Guterres pediu um cessar-fogo imediato em todos os conflitos mundiais para preservar a vida de civis perante a “fúria” da pandemia. “Está na hora de terminar os conflitos armados e de nos concentrarmos na verdadeira luta das nossas vidas”.
O novo coronavírus já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 51 mil. Dos casos de infeção, cerca de 190 mil são considerados curados.
ZAP // Lusa