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70 migrantes ocuparam ilegalmente um condomínio privado em Oeiras

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Vitor Oliveira / Wikimedia

Parque dos Poetas, em Oeiras

Um grupo de cerca de 70 migrantes ocupa desde o passado sábado um condomínio privado em Paço de Arcos, Oeiras, cujas obras foram embargadas há mais de dez anos.

O edifício é conhecido como as “Torres de Paço de Arcos“, inclui uma piscina e foi embargada quando estava prestes a ser concluído.

Recentemente, um estrangeiro comprou 60 apartamentos ao banco para os remodelar. Mas quando avançou para a realização das obras percebeu que alguns apartamentos estavam ocupados, conforme adianta a RTP1.

O grupo de 70 pessoas, constituído por migrantes, alega que adquiriu os imóveis por 247 mil euros, mas não tem as chaves de nenhum dos 70 apartamentos de tipo T3, conforme adianta o Correio da Manhã (CM).

Cada pessoa terá pago 3500 euros por apartamento, ainda segundo a mesma fonte.

A PSP já foi chamada ao local por duas vezes, e estará a acompanhar a situação.

Os moradores da zona referem que o grupo de migrantes está a controlar o acesso ao condomínio privado.

“Agredidos com pedras e garrafas”

Quando os trabalhadores de Hélio Matias, responsável da empresa de construção contratada para a remodelação, chegaram ao local aperceberam-se da existência de pessoas nos apartamentos.

“Existe uma silhueta e luz à noite, no primeiro andar”, relataram, como conta Hélio Matias à RTP1.

“No sábado, viemos fazer a primeira investigação, com a presença das autoridades”, conta ainda o empreiteiro, salientando que já foi apresentada uma “queixa formal”.

Hélio Matias queixa-se ainda de que os seus trabalhadores foram “agredidos com pedras, com garrafas”, e diz que o portão de entrada no empreendimento já foi “soldado porque rebentaram a fechadura”.

Ocupações já começaram em 2019

A ocupação do empreendimento não começou agora, mas já há vários anos. Assim o diz uma mulher que morava no condomínio desde 2019, conforme refere à RTP1.

Ocupei os apartamentos porque encontrei as chaves nesta portaria“, refere Luísa Andrade.

“Há dois dias, chegou aqui um grupo de etnia indiana, começaram a dizer que tinham comprado isto”, conta ainda, lamentando que teve que “tirar tudo às pressas” da sua casa. “Fui coagida a entregar as chaves da minha casa”, acrescenta.

“Há pessoas dentro da minha casa, com os meus pertences”, diz ainda Luísa Andrade entre lágrimas.

Contactada pela RTP1 e pelo CM, a Câmara Municipal de Oeiras não comenta o caso.

ZAP //

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8 Comments

  1. coisas que parecem de outro mundo…
    alegam que compraram os imoveis T3 por cerca de 3.500€ cada mas não tem chaves… é caso para dizer que foi um negócio da china ou mais uma burla de alguem que vendeu o que não lhe pertencia…
    e depois a senhora a dizer que ocupou o apartamento tendo pegado na chave que estava na portaria e agora alguem diz que tem que sair porque a casa não é dela! queria o que?

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  2. Coisas destas fizeram-se muitas a seguir ao 25 de Abril. Hoje ouço e leio que o PCP é o partido que mais imóveis possui. Como lhe foram parar à mão? Pagou-os ou fez o mesmo que estes indianos estão a fazer? Pois! Ao fim de 20 anos podem usar a figura do usucapião para legalizar coisas que foram desviadas. Para não dizer (escrever) outra coisa…!

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  3. Bem…mas não diziam ns televisão, que eles eram pacificos?
    Que não constava nenhumas queixas na psp/gnr?
    Que continue o baile, vao fazer o.mesmo que em Beirute, depois queixem-se

  4. Quem ganha com a cena de Paço de Arcos é o Chega e perdemos nós, Estado incluído. Vejamos: quem comprou os apartamentos, agora OCUPADOS POR IMIGRANTES, pretendia recuperá-los para depois os comercializar. Ora isso rendia IMT e MAIS VALIAS ao Estado e mais tarde IMI à Câmara Municipal de Oeiras… Perde o Estado e, no limite, perdemos nós cidadãos que, com os seus impostos e contribuições, mantêm o Estado!

  5. totalmente de acordo! 50 anos após a revolução de 25 de Abril de 1974 AINDA SE OCUPAM CASAS em Portugal! E depois querem que a oferta de casas aumente para baixarem os preços… Pensam, porventura, que os investidores são estúpidos?…

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