António Mexia, presidente-executivo da EDP, discutiu esta terça-feira e perante os deputados as chamadas rendas de energia (CMEC), valendo-se de um estudo realizado por dois professores da Universidade Nova SBE.
Um outro estudo, levado a cabo pela ERSE e encomendado pelo Estado, revelou que a EDP ganhou mais de 500 milhões de euros com os CMEC. Conclusões diferentes aponta o estudo da Nova, que dá conta que, na verdade, a elétrica perdeu 200 milhões de euros.
O Correio da Manhã avança nesta quarta-feira, um dia depois de Mexia ter sido ouvido, que a EDP fez um donativo de 1,5 milhões de euros à Nova SBE, a universidade que fez o estudo que defende prejuízos para a companhia elétrica.
Segundo escreve o matutino, esta informação consta em documentos enviados pela própria universidade ao Ministério Público e que foram remetidos pelos procuradores do processo EDP à comissão de inquérito. O momento em concreto que foi feito o donativo pela EDP – se antes ou depois da publicação do estudo – não é conhecido.
Em declarações no Parlamento, também nesta terça-feira, Mexia foi confrontado com o protocolo de 1,2 milhões de euros celebrado entre a EDP e a Universidade de Columbia, que está no centro da investigação por suspeitas de corrupção e favorecimento envolvendo a elétrica e o antigo ministro da Economia Manuel Pinho.
“Quem meteu a Universidade de Columbia ao barulho foi a Universidade de Columbia” e, segundo garantiu Mexia, foi esta mesma universidade norte-americana que escolheu o antigo ministro de José Sócrates para ser docente numa cátedra sobre energias renováveis que acabou por receber o apoio da EDP.
“Columbia não é uma instituiçãozeca que se prestasse ao que fosse”, frisou o presidente-executivo da EDP, dando conta que “foi a própria que propôs o nome de Manuel Pinho”, insistiu ainda sobre o convite endereçado ao antigo ministro da Economia.
“[A Universidade de Columbia] tem vários Prémios Nobel no seu corpo docente. E escolheu Manuel Pinho para o primeiro ano. Columbia teve a autonomia que entendeu”, afirmou. “Foi a instituição que escolheu o seu docente”, reiterou.
Quatro anos de eletricidade gratuita
Na mesma comissão de inquérito, que investigada o alegado pagamento de rendas excessivas no setor, Mexia afirmou que a elétrica é a empresa “mais escrutinada do país”, rejeitando a existência de “rendas excessivas”.
Segundo Mexia, se o Estado deixasse de usar as receitas do setor elétrico no Orçamento do Estado e as aplicasse para abater os preços da eletricidade os contribuintes poderiam ficar quatro anos sem pagar luz.
Sobre o papel do Estado dentro da EDP, ainda antes da privatização, o presidente da elétrica considera que o Estado portava-se como um verdadeiro acionista que recebia os dividendos para engordar o Ministério das Finanças e o Orçamento de Estado em vez de refletir as contribuições da empresa nas tarifas, nota a TSF.
Para Mexia, “o Estado defendeu o contribuinte, defendeu o Estado. Essa é que é a grande questão”. Mas, se o Governo quiser reverter esta posição de imediato ainda tem uma solução. “Se estiver arrependido dos contratos que fez é muito simples: devolve o dinheiro na tarifa. Só nas privatizações são mais de 15 mil milhões, no resto são 5 mil milhões de euros. Pega nos 20 mil milhões e tem energia de graça durante 4 anos em Portugal”.
“A EDP cumpriu a Lei, respondeu quando era pedido para dar contributos e algumas vezes aceitou até o que não deveria ter aceitado”, rematou Mexia.
Este Mexia já anda a abusar da sorte…
Claro que a Universidade de Columbia são uns “santinhos” e recebem assim 1,2 milhões sem qualquer contrapartida… e logo uma universidade privada com financiamento duvidoso…
O tacho tem sido muito mau tem!
Agora imaginem quantos anos ficariam os portugueses sem pagar luz se este mexia tivesse um ordenado minimamente aceitável e não a fortuna que recebe!
Este já estará safo. O outro que substitui o outro no processo do outro, já mandou eliminar as coisas que o mp tinha acedido. Diz esse tal outro que foi por devassa da vida dos outros.
Este Mexia era mais um que devia de ir para um barquinho no meio do Oceano sem remos.
Só um tiro na cabeça desta amiba nos salvará do esbulho vergonhoso que todos sofremos há décadas.