Mais de 200 mil pessoas já partilharam a hashtag “Me too” (“eu também” em inglês) para mostrar a magnitude do assédio sexual, um problema que tem feito correr muita tinta nos últimos dias devido às denúncias contra Harvey Weinstein.
Desde o último sábado que apenas duas palavras estão a tomar conta das redes sociais e a ser partilhadas vezes sem conta, tanto por mulheres como homens: “Me too” (“eu também” em inglês), uma hashtag para mostrar o número de pessoas a nível mundial que já sofreu algum tipo de agressão sexual.
A iniciativa começou depois das denúncias contra um dos produtores mais conhecidos e influentes de Hollywood, Harvey Weinstein, que já foi despedido da sua própria empresa e entretanto expulso da Academia de Cinema.
O produtor, a quem Meryl Streep chegou a chamar “Deus”, foi acusado de violação e assédio sexual por mais de duas dezenas de mulheres, incluindo as famosas atrizes Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow e Rose McGowan.
Desde que estas acusações vieram a público, várias personalidades usaram as redes sociais para falar sobre o assunto, algumas acabando por detalhar o assédio que sofreram.
A hashtag já foi usada mais de 200 mil vezes. O termo ganhou ainda mais força depois de a atriz norte-americana Alyssa Milano ter pedido às vítimas de assédio sexual que se pronunciassem, numa demonstração de solidariedade.
Várias celebridades responderam ao apelo, desde personalidades do cinema à música, entre as quais Debra Messing, Anna Paquin, Lady Gaga e Monica Lewinsky. Milhares de outros utilizadores não conhecidos partilharam as suas histórias.
No Twitter, uma mulher, que decidiu manter o anonimato, escreveu: “Tinha 19 anos. Ele encheu-me de álcool, forçou um beijo com língua e tocou nos meus seios. Na altura, culpei-me por estar bêbada. #MeToo”, pode ler-se.
Mas nem só de mulheres se faz esta onda para mostrar a magnitude mundial do problema. Homens e transexuais também já expressaram o seu apoio como, por exemplo, o ator e cantor Javier Munoz.
Me too. I don’t know if means anything coming from a gay man but it’s happened. Multiple times.
— Javier Muñoz (@JMunozActor) October 15, 2017
A utilizadora Cortney Anne Budney chegou mesmo a destacar isso: “O ‘Me Too’ também serve para os homens. Não nos podemos esquecer dos homens e dos rapazes. O ‘Me Too’ deles é igualmente importante e frequentemente encoberto“.
Para o escritor Charles Clymer, que foi vítima de violação, embora os dois géneros sofram abuso, “há um componente misógino específico na cultura da violação”. “Faz sentido perder tempo para destacar especificamente a misoginia e amplificar a voz das mulheres”.
ZAP // BBC
Concordo.
O problema é que depois aparece um maluco que ataca as mulheres por esta atitudes parvas e idiotas de meia dúzia de anormais, levando a que as “verdadeiras” mulheres, que não se identificam com estas palermices, acabam também por sofrer.
Ora bem. Infelizmente parece que nos EUA há muita gente que não tem o seu bom senso. Anda por lá uma moda de ser moralista.
Alves, lamento porque provavelmente estava a responder a um comentário que eu postei aqui por engano mas que se reportava a outra notícia da estudante que tirou selfies na Holanda para expor os assediantes.
Claro que tudo o seja abusivo, como apalpar uma mulher ou assédio físico em geral, insultar, chamar nomes obscenos, perseguir, agredir, enfim… Tudo o que a lei já consagra como ilegal e que no fundo exprime desrespeito pela integridade física e moral de alguém (e aqui ressalvo que isto se aplica a qualquer sexo), claro que isso não deve ser admitido.
Agora, estaríamos mal se bastasse uma mulher escrever “me too” para isso contar como estatística comprovada e factual de alguma forma de assédio. Foi como aquela história há quase um ano de um casalinho bêbedo que se andou a “comer” numa festa académica à frente de toda a gente… E depois queriam as feministas todas que o gajo fosse acusado de abuso sexual. Epá, eu também gosto imenso que me dêem dinheiro mas assim também já é fácil demais!
Tudo o que for abusive realmente, é punível por lei… MAs não basta agora vir prá praça pública dizer que se é vítima. Se isso não basta nos outros crimes, com as mulheres também não tem nada que ser diferente… Porque sendo oser humano oportunista como é (é a mulher não é em nada menos manipuladora do que o homem) as falsas acusações passariam num instante a ser a norma.