Meta do Bloco de Esquerda nas autárquicas é “ter mais força”

José Sena Goulão / Lusa

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins

A coordenadora do Bloco de esquerda (BE) traçou esta segunda-feira o objetivo de “ter mais força” nestas autárquicas, mas sem quantificar metas, considerando que mesmo quem não concorda com tudo o que defendem os bloquistas, vai querer o partido nas suas autarquias.

Depois da interrupção de agenda pública devido à morte do antigo Presidente da República Jorge Sampaio, Catarina Martins voltou à estrada para a corrida autárquica, apesar de ter cancelado o comício que estava previsto para a noite desta segunda-feira em Portimão, no último dia de luto nacional que foi decretado, noticiou a agência Lusa.

Foi na Moita, autarquia onde o BE elegeu um dos seus 12 vereadores em 2017, que a líder bloquista começou o dia, com uma visita ao estaleiro naval do Mestre Jaime.

Questionada sobre os objetivos dos bloquistas nas eleições autárquicas do próximo dia 26 de setembro, Catarina Martins começou por defender que “o Bloco de Esquerda já provou que muda a política autárquica” e, por isso, quer “ter mais força” nesta corrida eleitoral.

“Temos muita humildade e temos muita determinação em aumentar a nossa força e quem for votar é que vai decidir. Esperaremos tranquilamente o que as pessoas decidirem”, respondeu, interrogada sobre o número de vereadores que espera eleger.

A líder bloquista defende que este reforço que querem ter surge “num momento em que se discute tanto os fundos europeus que virão”, num país que tem “a experiência de milhões que passam, uma elite enriquece e a generalidade do povo é deixada para trás”.

“Eu acho que mesmo quem não concorda com todas as prioridades do BE vai querer o BE na sua autarquia, na sua freguesia, no seu concelho para ter a certeza que é mesmo uma creche e não mais uma rotunda, para ter a certeza que é mesmo habitação e não mais especulação imobiliária, para ter a certeza que é mesmo transportes, florestas e não mais negócios das PPP ou dos eucaliptos”, afirmou.

Na perspetiva de Catarina Martins, “há questões ambientais que não eram vistas por ninguém e que graças, ao Bloco de Esquerda, hoje estão na agenda”, dando o exemplo da habitação, transportes e a transparência dos municípios.

“E o que nós queremos é ter mais força. mais força para responder às grandes crises do nosso tempo: à crise social, à enorme desigualdade do país em que as autarquias têm um papel, à crise climática, que é esta crise da humanidade em que as autarquias têm um grande papel na responsabilidade das suas políticas ambientais, da sua política de transporte e à crise da habitação que é uma perda de rendimento para tantas famílias em tanto território porque se deixou que os preços da habitação explodissem”, reiterou.

// Lusa

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