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MEO e Vodafone podem aliar-se a Elon Musk para expansão de Internet via satélite

CV

Starlink, projeto da SpaceX

Telefónica fechou acordo com a Space X para fornecer conexão à Internet via satélite Starlink. Empresas de telecomunicações em Portugal estão de pé atrás, mas “atentas” aos desenvolvimentos.

A Telefónica, uma das maiores empresas de telecomunicações do mundo, anunciou esta quinta-feira que selou uma parceria com a SpaceX, empresa aeroespacial de Elon Musk, com o objetivo de oferecer conexão à Internet via satélite Starlink, uma aliança que promete revolucionar o acesso à Internet em áreas isoladas, permitindo até as regiões mais rurais a melhor ligação à web.

A iniciativa vai começar no México, mas já tem ambições de se expandir rapidamente para outros países, incluindo Peru, Colômbia, Chile, Brasil e, eventualmente, Espanha.

Conhecida pela sua constelação de satélites em órbita terrestre baixa, a Starlink e a sua proximidade com a Terra têm o benefício de reduzir a latência, tornando-se uma opção favorável para locais com acesso limitado à Internet. Atualmente, a SpaceX tem em órbita mais de 4 mil satélites, com planos ambiciosos de elevar esse número para mais de 40 mil nos anos futuros.

NOS, MEO e Vodafone “atentas”

Em Portugal, a receção à ideia de Internet via satélite é mista.

A NOS realça, ao Jornal de Negócios, a excelente cobertura de redes fixas e móveis do país, mas não exclui parcerias para áreas mais afastadas.

“Portugal encontra-se num lugar cimeiro na Europa, no que diz respeito a cobertura de redes fixas e móveis, com soluções com maior velocidade e mais baixa latência do que as soluções de satélite”, começou por dizer a empresa, reforçando que tem “parceiros para a disponibilização de serviços de satélites em zonas mais remotas”.

Por outro lado, a Vodafone Portugal não expressou intenções imediatas de seguir uma direção similar, mesmo após a experiência com um satélite teste em Espanha.

“Este é um satélite teste, que será o primeiro do género a fornecer banda larga móvel a equipamentos existentes — ou seja, sem necessidade de equipamentos especializados. No imediato não há planos para estender o serviço a outros países, mas é algo que a Vodafone pondera vir a analisar“, diz fonte oficial da EMPRESA ao jornal.

A MEO, pertencente à Altice, garante que já oferece serviços via satélite em algumas zonas, mas mostra-se recetiva a novas oportunidades e “atenta aos novos desenvolvimentos que permitam prestar o melhor serviço aos seus clientes, incluindo os das zonas mais remotas, entre os quais estão as soluções de Internet por satélite”.

O mercado português já conta com diversos prestadores de Internet via satélite. A Starlink é uma das opções, contudo, com preços mais elevados — 65 euros mensais, mais um pagamento único de 450 euros para equipamento. Em comparação, a Greenmill tem planos entre 20 e 119 euros (mais o valor do equipamento).

Apesar do crescimento destes serviços, a Anacom reportou, em 2022, que estes ainda têm pouca expressividade em Portugal. No entanto, com parcerias como a da Telefónica e SpaceX, espera-se que a perspetiva de Internet via satélite se torne mais atraente e acessível, especialmente em áreas rurais e isoladas, garantindo uma conexão global mais inclusiva.

ZAP //

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