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“Por favor, ajude-nos”. Encontrada mensagem de prisioneiros chineses em postal de Natal

Uma criança de apenas seis anos encontrou uma mensagem de prisioneiros chineses dentro de um postal de natal num supermercado do Reino Unido.

Os prisioneiros em causa estarão a ser sujeitados a trabalho forçado na prisão de Shanghai Qingpu, na capital chinesa.

“Somos prisioneiros na prisão de Shanghai Qingpu, na China. Forçados a trabalhar contra a nossa vontade. Por favor, ajude-nos e notifique uma organização de direitos humanos”, lê-se no postal natalício ilustrado com um gato com um chapéu de pai natal.

De acordo com a Newsweek, na mensagem escrita no postal era também pedido para que contactassem Peter Humphrey, um antigo jornalista britânico que esteve preso dois anos naquela mesma prisão por acusações que o próprio considerou serem “falsas e que nunca foram ouvidas em tribunal”.

Assim como foi pedido pelos prisioneiros, a família da criança contactou Humphrey, que confirmou que os prisioneiros eram “forçados a tarefas manuais de montagem ou empacotamento”, nomeadamente postais de natal para a cadeia de supermercados britânica Tesco.

Além disso, Humphrey disse ainda que enquanto cumpria a sua pena, testemunhou prisioneiros chineses a fazer etiquetas e embalagens para marcas de roupa de alta costura.

A prisão de onde foi enviada a mensagem é localizada a cerca de 100 quilómetros da fábrica onde supostamente são produzidos os postais. Em sua defesa, a Tesco diz que o fornecedor chinês foi recentemente alvo de uma auditoria independente e não foram encontradas evidências de abusos de direitos humanos.

Ficamos chocados com estas alegações e imediatamente interrompemos a produção na fábrica onde estes cartões são produzidos e iniciamos uma investigação”, disse um porta-voz da Tesco.

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