Ricardo Salgado e outros antigos administradores do Grupo Espírito Santo vão ser alvos de uma mega-acusação por parte do Ministério Público no âmbito do processo Universo Espírito Santo.
O Ministério Público (MP) não vai mais esperar pelas provas que estão retidas na Suíça desde maio de 2016 relativas ao processo Universo Espírito Santo. O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) já começou a tratar da acusação a Ricardo Salgado e a outros antigos administradores do Grupo Espírito Santo (GES).
Encarregue desta mega-acusação está o procurador José Ranito e, pelo que o Observador apurou, o despacho de encerramento de inquérito deverá superar as 4.083 páginas da Operação Marquês.
A Ricardo Salgado e aos outros ex-administradores do GES estão imputados crimes de associação criminosa, corrupção ativa e passiva, corrupção com prejuízo no comércio internacional, branqueamento de capitais, burla qualificada, infidelidade e falsificação de documentos.
Em 2016, a Procuradoria-Geral de República abriu sete inquéritos autónomos no âmbito do processo Universo Espírito Santo. Desde então, os inquéritos foram fundidos numa única investigação.
Embora o MP tenha decidido não esperar pelas provas que estão retidas na Suíça, a equipa de José Ranito vai-se reunir com os responsáveis do Ministério Público suíço. Marcado para fevereiro, o encontro tem o objetivo de ter acesso a estas provas.
Ranito decidiu abrir este mega-processo a Salgado e a ex-gestores do GES por entender que os alegados atos ilícitos cometidos têm de ser vistos de forma global num único processo.
Espero que a dita “méga-acusação” não se metamorfose em “meiga-acusação”, de toda a maneira se assim for, não será novidade !