A subida da inflação permite o tão desejado brilharete orçamental a Fernando Medina, que tem uma margem secreta na receita e um corte na despesa.
A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) divulgou, esta terça-feira, uma análise à evolução das contas públicas. Neste relatório, a UTAO explica os três principais fatores com que o Governo conta baixar o défice público deste ano para o equivalente a 1,9% do PIB.
O alívio da situação pandémica e os fundos europeus de Bruxelas são dois desses fatores, embora haja um terceiro que também se destaca: a subida generalizada dos preços está a inflacionar a receita fiscal.
Ainda assim, a UTAO realça que este efeito vai-se apenas sentir neste ano. Em 2023, a inflação vai cair com estrondo nas contas públicas.
O ministro das Finanças, Fernando Medina, ainda não revelou o tamanho do efeito da inflação sobre a receita.
“Importa notar que o previsor Ministério das Finanças não considerou como medidas do pacote inflação a inação sobre os efeitos benéficos da inflação nas contas públicas de 2022”, salientou a UTAO.
O Diário de Notícias escreve que o governante pode estar a guardar este trunfo para poder usar mais tarde neste ano.
“Não há quantificação de metas a este nível, mas a inflação este ano vai melhorar a cobrança fiscal e não penalizar a despesa com pensões e salários […]”, explicam os peritos.
Com a subida galopante da inflação, “o saldo orçamental tende a melhorar” a curto prazo. No entanto, a unidade de aconselha sobre os temas orçamentais repara que os mecanismos usados “rapidamente se esgotam” e que as consequências se sentirão no próximo ano.
Além disso, o alívio da pandemia faz com que haja um menor gasto com as chamadas “medidas de política covid-19”. A UTAO realça que isto deve permitir ao governo poupar mais de 4,4 mil milhões de euros este ano face às contas de 2021.
De acordo com o DN, esta poupança equivale a cerca de 1,9% do PIB, exatamente a meta de défice que o governo espera atingir.
Este corte nos gastos será decisivo para a política de “contas certas” e o desejado brilharete orçamental prometido para 2022.
Isto é uma vergonha! Nos EUA o Biden já fala em suspender os impostos sobre os produtos petrolíferos para aliviar o esforço de empresas e famílias. Por cá, os governantes só pensam em saquear ao máximo o povo. E este, que se aguente.
Andas muito distraído….
Pois andas…como de resto bem demonstras aqui pelos teus tristes comentários. Acho mesmo que um miúdo de 10 anos tem maior clarividência do que se passa em Portugal e no mundo do que tu.
Ai Eu!, Eu!… abre os olhos
Nem escondem. Em vez de apoiar o povo e as empresas só olham para o dinheiro que conseguem roubar a quem trabalha.
Como é óbvio, essa promessa do Medina – a ser cumprida, coisa que não é habitual nele – não passaria do baixo truque, para não dizer roubo, que consistiria em aplicar os mesmos impostos às tarifas inflacionadas dos combustíveis… A nossa única esperança é que o Medina seja corrido e, já agora, que o governo caia o mais depressa possível!
Comentário: Se isso fosse verdade, significaria que o Medina estava a aproveitar para sacar impostos indevidos. Não me admiraria que ele tentasse isso mas é improvável que se aguente muito tempo nas Finanças: nem se percebe como é que o Costa lá o pôs. Esperemos que desapareçam todos antes de rebentarem com o que sobra do país!
O Costa pô-lo lá para o salvar, já que politicamente saiu todo roto da Câmara de Lisboa.
Exatamente. Este Medina nem consegue encobrir que a estrtégia é sacar o maior volume de impostos, sobretudo do IVA, com os aumentos derivados da alta inflação. Ele até adora que isto esteja a acontecer e o governo pouco se mexe para parar ou atenuar esta situação infernal.
Um país cuja população está pobre, sem perspetivas de melhorias onde políticos se pavoneiam do que a sorte do “deus dará” lhes proporciona.
Um país cujos governos não se focam no aumento da riqueza generalizada, acompanhados por uma oposição caduca e miserável.
Enfim, é o retrato de um país onde o crescente desinteresse da população nos seus dirigentes e o descrédito completo na capacidade de quem se vangloria por vitórias minoritárias que lhes dá maiorias e condições de fazerem o que bem sabem fazer. NADA
Quando sobra é para guardar (no bolso), para quando apertar, voltar a pedir….